O ‘silêncio’ no mercado cripto apesar das altas históricas

Apesar do bitcoin atingir novos picos de preços, os números de endereços novos estão na mínima desde outubro do ano passado.

Há um ano começava o grande movimento no mercado de criptomoedas com uma alta crescente no preço do bitcoin. No final do mês de novembro do ano passado a maior criptomoeda do mundo atingia os 20 mil dólares pela segunda vez na história, após o último ciclo de alta em 2017.

Em fevereiro deste ano o bitcoin já atingia picos de 58 mil dólares, onde já se observava bastante euforia no mercado – instituições começaram a entrar e nas mídias só se falava das altas históricas no mercado de criptomoedas.

Após a grande correção do mercado, em maio deste ano, que foi de 50%, o bitcoin chegou a cair para perto dos US$ 29.000 após atingir o topo de US$ 65.000, começamos a entrar em um mercado mais “quieto”, apesar do bitcoin se valorizar lentamente nos últimos meses, temos um grande silencio no mercado.

Sem euforia

Recentemente o bitcoin atingiu uma nova máxima histórica de US$ 69.000, não houve indícios de euforia até agora, apesar de continuar no ciclo de alta, se observarmos o gráfico abaixo, podemos notar que o número de endereços ativos teve seu pico nos meses de fevereiro, abril e maio, que foram os meses onde o bitcoin estava “caro”, com preço acima dos 50 mil dólares.

Se observamos um outro gráfico, que nos mostra os números de endereços novos, notaremos certo padrão entre eles, onde os picos também ocorrem nos meses de fevereiro até maio, isso indica a razão pela qual ainda não temos euforia, apesar de novos recordes do bitcoin, já que indica que a maioria entrou no mercado “vendido”.

Bitcoin em alta, novos endereços em baixa

Apesar do bitcoin atingir novos picos de preços, os números de endereços novos estão na mínima desde outubro do ano passado, isso é, apesar dos preços altos, o número de novas pessoas entrando no mercado é baixo.

O especialista em análise On-Chain, Gabriel Cordeiro concorda com a tese:

“Não temos euforia no mercado, nos US$ 65.000 tivemos euforia, só que não foi em níveis históricos e atualmente a gente não tem nada de euforia.”

Ele acrescentou dois indicadores, segundo ele a contagem de transações ainda não atingiu a linha vermelha superior, muitas transações significa euforia (topo de 2017 e 2019).

A média de moedas transferidas por transação começou a subir e bater novas máximas desde a mínima do ano, em US$ 29.000.

De acordo com Gabriel Cordeiro, comparando ambas as métricas, não houve uma média alta de moedas transferidas durante o topo em US$ 65.000, mas ocorreu depois da correção em US$ 30.000, isso significa que a moeda não passou por uma grande troca de mãos quando atingiu US$ 65.000.

Altcoins chegando a preços históricos

Se observamos algumas altcoins como a Solana, veremos que nos últimos meses elas tiveram uma valorização muito maior do que em maio, apesar de suas aplicações crescente no ecossistema, as altcoins tendem a seguir a valorização do bitcoin em todos os ciclos.

Assim, entre outras altcoins se valorizando, até as chamadas “memecoins” tiveram valorizações novamente após a correção de maio, mas não há indícios de euforia no mercado ainda.

O que podemos esperar para os próximos meses é uma grande euforia no mercado acompanhado com novos preços históricos do bitcoin, por enquanto atravessamos o ciclo de alta lentamente.

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Vinicius Golveia
Vinicius Golveia
Formado em sistema da informação pela PUC-RJ e Pós-graduado em Jornalismo Digital. Conhece o Bitcoin desde 2014, atuando como desenvolvedor de blockchain em diversas empresas. Atualmente escreve para o Livecoins sobre assuntos de criptomoedas. Gosta de cultura POP / Geek. Se não estiver escrevendo notícias relevantes, provavelmente está assistindo alguma série.

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