Pesquisa aponta que uso de Dogecoin em crimes está aumentando

Mesmo com essa popularidade e com muitos usos legais, aparentemente, a moeda está sendo usada por criminosos para facilitar crimes como fraudes, golpes, esquemas Ponzi, terrorismo e até mesmo a venda de materiais ligados a crimes sexuais infantis.

A criptomoeda Dogecoin ganhou muita popularidade nos últimos anos, principalmente com a ajuda de Elon Musk, o que também tornou a moeda muito atrativa por causa do seu aumento de preço. No entanto, segundo uma recente pesquisa, a popularidade da criptomoeda também aumentou entre as atividades criminosas.

Segundo a pesquisa da Elliptic Connect, empresa focada na análise de dados on chain, apesar de ter começado como uma moeda meme, a Dogecoin acabou ganhando atenção como um método de pagamento, incluindo sendo aceita como doação pelo governo da Ucrânia.

Mesmo com essa popularidade e com muitos usos legais, aparentemente, a moeda está sendo usada por criminosos para facilitar crimes como fraudes, golpes, esquemas Ponzi, terrorismo e até mesmo a venda de materiais ligados a crimes sexuais infantis.

De acordo com a pesquisa da companhia, esse mercado ilegal utilizando Dogecoin chega a milhões de dólares.

Os crimes de alto perfil facilitados pela criptomoeda envolvem golpes, fraudes e esquemas Ponzi que totalizam cerca de 50 casos. Alguns dos crimes notáveis ​​incluem o esquema Ponzi Plus Token, que resultou na apreensão de mais de US$ 20 milhões em DOGE pelas autoridades chinesas e o suposto roubo de US$ 119 milhões em Dogecoin vinculado a um esquema Ponzi da Túrquia em 2021.

O uso da moeda nesse tipo de esquema, quase sempre ligados a esquemas Ponzi, representa mais de 95% do uso ilegal da moeda.

Gráfico com o uso do Dogecoin em cada tipo de atividade criminosas. Fonte: Elliptic.

O segundo uso mais recorrente da criptomoeda em crimes é no financiamento de grupos terroristas. Nesse aspecto, os endereços de DOGE que foram descobertos como participando dessas atividades específicas receberam US$ 40.235 em julho de 2021, com o valor destinado ao grupo terrorista Hamas.

Nesse quesito a Dogecoin não é a principal moeda usada por grupos terroristas, Tether e Bitcoin ficaram no topo dessa métrica, com as carteiras dessas moedas ligadas a grupos terroristas recebendo US$ 4,1 milhões e US$ 3,3 milhões, respectivamente.

Em um nível menor (e levemente menos nocivo) os pesquisadores também notaram que a maior moeda meme do criptomercado também passou a ser aceita com mais frequência em mercados negros na darknet, sendo uma das opções e pagamentos para diferentes compras de produtos ilegais, como drogas e até mesmo dados roubados em ataques hackers.

Vale ressaltar que isso não é algo que torna a Dogecoin ruim, afinal, o dólar também é utilizado para essas atividades ilegais (há muito mais tempo do que qualquer criptomoeda).

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Matheus Henrique
Matheus Henrique
Fã do Bitcoin e defensor de um futuro descentralizado. Cursou Ciência da Computação, formado em Técnico de Computação e nunca deixou de acompanhar as novas tecnologias disponíveis no mercado. Interessado no Bitcoin, na blockchain e nos avanços da descentralização e seus casos de uso.

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