Na manhã do dia 27 de julho de 2024, a Polícia Federal lançou a operação Fruto Podre, a segunda fase da Operação Terra Fértil, visando reprimir a atuação de um grupo criminoso especializado em lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e falsidade material e ideológica.
Mandados de busca e apreensão foram cumpridos em três postos de combustíveis, uma casa de câmbio e uma residência na cidade de Uberlândia. Os mandados foram expedidos pelo Juízo da Justiça Federal de Belo Horizonte/MG, declarou a PF.
Existem indícios de que um dos suspeitos, contra quem há um mandado de prisão preventiva, está escondido no Paraguai. Ele reside em Foz do Iguaçu e teria recebido quase R$ 1 milhão como pagamento de um sequestro ocorrido em janeiro de 2024.
Relembre a primeira fase das investigações que apurou até uso de criptomoedas na lavagem de dinheiro
Na primeira fase das investigações deflagrada por meio da Operação Terra Fértil, foi revelado um complexo esquema de lavagem de dinheiro envolvendo mais de 100 empresas de setores variados como construção civil, aviação, locação de veículos, comércios diversos e investimentos em criptomoedas.
Mais de 200 pessoas estavam envolvidas, muitas delas usadas como fachadas para ocultar as atividades financeiras ilícitas. Esse esquema movimentou mais de R$ 5 bilhões em um período de cinco anos.
Na fase atual, a investigação concentra-se na lavagem de capitais por meio de postos de combustíveis e uma casa de câmbio em Uberlândia. O nome das empresas alvo da operação não foram divulgadas pela PF, mas seguem sob investigação.
Suspeito procurado pela Interpol pode ter sido entregue pela esposa
De acordo com informações divulgadas pelo G1, Ronald Roland era o principal alvo da operação Terra Fértil em Uberlândia, onde ele mantinha uma vida de luxo em condomínio fechado, com casa avaliada em R$ 2,5 milhões.
Contudo, como já estava na mira das autoridades e na lista da Interpol, bastou um erro simples em rede social para que ele fosse encontrado. Isso porque, sua esposa marcou ele em uma publicação em rede social, o que alertou as autoridades.
Em 2019, sua primeira esposa também havia marcado ele em outra publicação, o que também o levou a prisão na época. As autoridades entendem que ele é uma pessoa cautelosa, mas é a segunda vez que vai preso por ser marcado em redes sociais por sua esposa.
Ao G1, a defesa de Ronald e de sua esposa não haviam se manifestado sobre a operação, mas o espaço segue em aberto.