Um caso curioso ocorreu na Argentina na última terça-feira (23), quando um homem foragido da justiça, cujo apelido era o de “Bitcoin” acabou preso pelas autoridades.
Foragido desde 2013, ele tinha dois mandados de prisão em aberto após cometer crimes de roubo qualificado e furto de arma de fogo.
A operação também prendeu outro homem com ele, chamado publicamente de “Julito”, também foragido da justiça. Os homens possuem 32 e 39 anos e agora estão à disposição da justiça para responder pelos seus crimes.
Policiais conduziram buscas para prender o “Bitcoin” na Argentina
De acordo com as autoridades da Argentina em Tucumán, ambos foram detidos enquanto as autoridades realizavam tarefas investigativas e preventivas na área de um bairro da cidade.
O primeiro deles foi visto quando andava de moto, acompanhado por outro jovem, apelidado de “Pocho”, de 28 anos.
Lá eles tentaram escapar do controle policial, mas foram finalmente interceptados. Ao ser identificado, foi confirmado que “Bitcoin” tinha dois mandados de prisão contra ele solicitados em 2013 e 2019, pelos quais foi imediatamente preso.
A condução do caso foi dirigida pelo chefe da unidade especial, Comissário-Chefe Daniel Brito, e supervisionadas pelo Diretor-Geral de Investigações, Comissário-Geral Miguel Carabajal.
Bitcoin se tornou tão popular na Argentina que já virou apelido?
A escolha do apelido “Bitcoin” destaca o impacto cultural da criptomoeda, que tem sido amplamente adotada na Argentina como uma forma de proteger ativos contra a inflação e a instabilidade econômica.
Além disso, a popularidade do Bitcoin cresceu exponencialmente nos últimos anos, com muitos argentinos buscando alternativas ao peso argentino, cuja desvalorização tem sido uma preocupação constante.
Isso porque, o país tem visto um aumento significativo no uso de criptomoedas para investimentos e transações diárias, à medida que a confiança nas instituições financeiras tradicionais diminui.
O episódio ilustra como o Bitcoin superou seu papel inicial como uma forma de dinheiro digital para se tornar um fenômeno cultural, influenciando a vida cotidiana e, paradoxalmente, sendo associado tanto a práticas inovadoras quanto a atividades ilegais.
Por fim, cabe o destaque que a Argentina ainda não regulamentou a moeda digital como já o fez o Brasil. Mesmo assim, autoridades locais daquele país correm para criar instrumentos jurídicos que tornem o espaço mais monitorado.
Exemplo disso é que a CVM da Argentina, a CNV abriu caminho nos últimos dias para a regulação das criptomoedas no país, um passo dado em conjunto com a Receita Federal, a AFIP. O presidente Javier Milei também tem se mostrado favorável ao Bitcoin, o que pode impactar em uma regulação em breve.