A polícia espanhola e a EUROPOL desmantelaram uma rede de narcotraficantes que operavam internacionalmente, onde foram apreendidos um total de R$ 15,5 milhões, equivalentes a 3 milhões de euros, sendo R$ 7,7 milhões apreendidos em criptomoedas. As informações são do Livecripto.
O grupo criminoso operava em 17 países ao redor do mundo, na Europa e na Ásia, como na Espanha, Itália, Suécia, Reino Unido, China e outros. Também operavam em 4 países latino-americanos, incluindo Brasil e Colômbia.
Segundo as informações, na operação da polícia foram apreendidos cerca de mil quilogramas de entorpecentes, 575 kg de haxixe e 276 kg de maconha. Além disso, foram apreendidos 11 carros de luxo, armas e relógios de luxo.
A polícia informou que desmantelou uma plantação inteira de maconha e que prendeu 32 pessoas na operação. Segundo as autoridades, a organização criminosa é considerada a maior entidade financeira do tráfico de drogas na Europa.
Na apreensão, a polícia bloqueou no total 19 contas de criptomoedas com um valor aproximado de 1,5 milhão de euros, cerca de 7,7 milhões de reais.
A organização criminosa operava utilizando dinheiro em espécie e para a movimentação e comercialização das drogas utilizavam um restaurante localizado em Madrid, fazendo o transporte do dinheiro no local.
“32 pessoas foram presas e quase 3.000.000 euros foram apreendidos, 575 quilos de haxixe, 276 quilos de maconha, 11 veículos de luxo, sete relógios de luxo, uma pistola semiautomática além de desmantelar uma plantação de maconha com 995 plantas”, disse a polícia.
Uso de criptomoedas
A investigação estima que a organização criminosa movimentou mais de 32 milhões de euros ao ano através dos seus sistemas de transferências monetárias que acontecia no restaurante, assim como as transferências em criptomoedas como forma alternativa.
A fim de evitar possíveis surpresas, o restaurante era vigiado 24 horas por dia e não acumulava grandes quantidades de dinheiro em caixa. Além disso, eram feitas entregas e retiradas de dinheiro a domicílio com os membros mais destacados do grupo criminal.
No total 32 pessoas foram presas, e a polícia conseguiu apurar que a organização obtinha benefícios da venda de drogas introduzidas na Europa, ao receber os valores das vendas em criptomoedas.
Grupo criminoso operava com criptomoedas indiretamente
A polícia espanhola também conseguiu averiguar que o grupo de criminosos localizado na Espanha não contava com uma estrutura para receber os pagamentos em criptomoedas. Contudo, eles procuravam por terceiros como intermediários dos pagamentos.
A organização criminosa operou durante 2 anos e as autoridades estimam que ela movimentou mais de 300 milhões de euros, com boa parte sendo em criptomoedas.
“Desde 2020, a organização teria realizado entregas e coletas de dinheiro para financiar o narcotráfico, devolvendo os lucros obtidos, avaliados em mais de 32 milhões de euros por ano, por meio de sistemas de compensação, transporte de dinheiro e transações de criptomoedas entre Espanha e vinte países.”