R$ 3,1 bilhões em criptomoedas roubados no maior ataque hacker em DeFi

Os três ativos roubados foram Ethereum, Binance Smart Chain (BSC) e Polygon.

Um ataque hacker realizado na rede Poly Network resultou em um dos maiores roubos da história do criptomercado e o maior hack na história do setor de finanças decentralizadas (DeFi).

A plataforma Poly Network anunciou o ataque hoje e segundo o Bleeping Computer, os hackers conseguiram roubar as criptomoedas com sucesso e transferiram os ativos digitais para suas carteiras.

“Notícia importante: Nós estamos tristes em anunciar que a PolyNetwork foi atacada na BinanceChain, Ethereum e Polygon. Os ativos foram transferidos para as carteiras dos hackers.”

Criada em colaboração entre diferentes entidades do mercado de blockchains, principalmente a Neo, Ontology e Switcheo, a principal ideia por trás do projeto era oferecer uma exchange entre diferentes plataformas e ecossistemas, incluindo o Bitcoin e o Ethereum.

Os três ativos roubados foram Ethereum, Binance Smart Chain (BSC) e Polygon. De acordo com as informações, os valores roubados foram:

  • US$ 273 milhões em Ethereum
  • US$ 253 milhões em BSC
  • US$ 85 milhões Polygon (em USDC)

Os valores roubados foram transferidos para três endereços:

ETH: 0xC8a65Fadf0e0dDAf421F28FEAb69Bf6E2E589963
BSC: 0x0D6e286A7cfD25E0c01fEe9756765D8033B32C71
Polygon: 0x5dc3603C9D42Ff184153a8a9094a73d461663214

Partes que foram afetadas pelo ataque hacker deram passos necessários para conseguir diminuir os danos causados pelo roubo. A Tether colocou US$ 33 milhões em tokens USDT na rede Ethereum em uma lista negra.

A Tether também pediu para que outras corretoras fizessem o mesmo com os endereços dos hackers.

“Nós pedidos que outros mineradores das criptomoedas e corretoras afetadas pelo ataque que bloqueiem ativos vindo desses endereços.”

Changpeng “CZ” Zhao, CEO da Binance, também falou sobre a situação, afirmando que também está tomando as medidas necessárias para conseguir diminuir o estrago do ataque.

“Nós estamos cientes do exploit que aconteceu na Poly Network hoje. Enquanto ninguém controla o BSC (ou ETH), nós estamos coordenando com os nossos parceiros de segurança para ajudar proativamente. Não há garantias. Vamos tentar o nosso melhor.”

Informações do hacker foram encontradas

Enquanto muitos se movimentam para tentar prevenir a movimentação do dinheiro roubado, uma companhia de segurança no setor de Blockchain chamada SlowMist afirma ter sido capaz de identificar a identidade do hacker, além de descobrir o e-mail, endereço de IP e a impressão digital do criminoso.

Para o pesquisador do The Block, Igor Igamberdiev, o hack pode ter sido feito através de um exploit causado por um erro na criptografia do projeto, algo que é raro de acontecer, mas que já afetou outros projetos, como o Anyswap.

Ainda de acordo com o SlowMist, o atacante realizou transações em Monero (XMR) antes de trocar os fundos por BNB, ETH, MATIC e alguns outros ativos que foram utilizados para financiar o ataque. O uso do Monero seguido por várias outras criptomoedas provavelmente é uma tentativa de embaçar o rastreamento das moedas e das atividades de cada endereço.

Ainda é cedo para saber o dano total causado pelo incidente. Por enquanto todas as redes e pools que contam com a Poly Network suspenderam suas operações. Também é possível afirmar que com certeza a rede terá um grande trabalho para recuperar a sua reputação e confiança depois do ataque.

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Matheus Henrique
Matheus Henrique
Fã do Bitcoin e defensor de um futuro descentralizado. Cursou Ciência da Computação, formado em Técnico de Computação e nunca deixou de acompanhar as novas tecnologias disponíveis no mercado. Interessado no Bitcoin, na blockchain e nos avanços da descentralização e seus casos de uso.

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