A Credminer é mais uma das empresas que os investidores acusam de pirâmide no site Reclame Aqui. A empresa, que oferecia opções de rentabilidade através de mineração de bitcoin deixou de pagar seus clientes e criou a moeda LQX (que quase não possui valor de mercado.
As investigações continuam acontecendo e recentemente ela deu um importante passo para descobrir mais sobre o suposto esquema. A Procuradoria da República de Santa Catarina enviou um pedido de quebra de sigilo de dados ou telefônico da Credminer ao Juiz da 1ª Vara de Florianópolis.
O pedido pode ser visualizado através do Portal da Transparência do Estado. Esse é um importante passo para qualquer tipo de investigação, principalmente em relação a fraudes financeiras envolvendo valores que “sumiram”, já que pode nortear a investigação para esclarecer todas as dúvidas que ainda sobraram.
No caso da Credminer, as dúvidas ainda são muitas e os clientes continuam sem nenhuma resposta.
Credminer e as acusações de pirâmide
A investigação dos órgãos públicos começou com as muitas acusações e reclamações dos clientes da Credminer, que alegam terem sidos vítimas de um esquema ponzi. A empresa, no entanto, se defende, afirmando diversas vezes que o Ministério Público já investigou a companhia.
Recentemente, a MDX CAPITAL MINER DIGITAL LIDA, conhecida por Credminer, conseguiu até mesmo censurar postagens nas redes sociais e no YouTube que a acusavam de pirâmide financeira.
A Credminer já é notória na criptocomunidade brasileira por causa de toda a sua trajetória. A empresa oferecia rendimentos com a mineração de criptomoedas. Porém, também tinha bônus e recompensas para a formação de equipes através de Marketing Financeiro.
Apesar das muitas reclamações e dos clientes indignados, a Credminer se defende afirmando que não deixou de pagar seus colaboradores.
Como destacado pala página Desmascarando Pirâmides Financeiras, uma das respostas comuns da empresa para as reclamações No Reclame aqui é:
“Você pode acessar sua conta e retirar suas moedas a qualquer momento.”
O dinheiro foi convertido para a LQX Coin, uma criptomoeda própria do grupo por trás da Credminer e que promete um ecossistema completo para circulação mundial.
No entanto, ela não está registrada em nenhuma corretora popular e caiu de R$4 para R$0,20, liquidando o saldo de praticamente todos os investidores.
Empresa mudou de nome e agora tem sede na Alemanha
A Credminer avisa os clientes que não atua mais no mercado de criptomoedas desde 2019 e que agora possui sede na Alemanha com o nome WeHPM, um “banco compartilhado” de criptomoedas que promete lucros a partir de indicações e criação de equipes.
Segundo as muitas apresentações encontradas pela internet, o WeHPM tem um ecossistema completo para a circulação da LQX em diversos companheiros em todo o mundo.
Caso a quebra de sigilo seja deferida pelo Juiz, mais respostas sobre a idoneidade da empresa chegará aos investidores, que por enquanto não confiam na WeHPM e muito menos na LXQ Coin.