Desde 2009 a China vem brigando para manter o yuan como a única moeda usada no país, proibindo que seus cidadãos tenham qualquer tipo de poder de escolha.
O discurso é o mesmo em todos os banimentos: proteger a economia do país e cuidar do bem estar social.
Neste artigo reunimos os maiores eventos relacionados entre a China e a sua política de proibição em relação a moedas digitais e criptomoedas em ordem cronológica.
2009, junho – China proíbe moedas virtuais
Embora o Bitcoin não fosse nada popular, tendo sido criado poucos meses antes dessa intervenção, esta foi a primeira vez que o governo chinês usou o termo “moeda virtual” e claro, proibiu o seu uso.
Na verdade, o primeiro banimento da China foi causado por jogos online, cujo tanto seus créditos quanto itens dentro de jogos eram negociados com a moeda local, o yuan.
Apesar disso, é claro que o Bitcoin já se enquadrava em tal lei.
2013, novembro – China restringe o uso de Bitcoin por bancos
Este é considerado como o primeiro banimento do Bitcoin pois foi focado nele. Na época, o preço do Bitcoin estava alcançando novas máximas e as exchanges locais, como a Huobi e OKCoin, estavam tendo mais volume de negociação.
O foco do governo foi impedir que os bancos usassem o Bitcoin como moeda, alegando que o Bitcoin era mais um commodity virtual do que uma moeda propriamente dita.”
O preço do Bitcoin despencou.
2014, abril – Bancos chineses congelam contas de exchanges
Nesta ocasião, os bancos chineses pararam de oferecer serviços as exchanges, não permitindo que os usuários realizassem depósitos de moeda fiduciária para as corretoras.
Dias após, o governador do PBCO afirmou que não baniria o Bitcoin.
2017, fevereiro – China congela contas de exchanges
O governo chinês voltou a pressionar o mercado nacional, exigindo que exchanges cumprissem normas rígidas, semelhantes as do mercado de forex, para continuar operando.
As três maiores exchanges do país tiveram que suspender as suas atividades até que o governo desse permissão.
2017, setembro – China bane ICOs
Com a popularização das ICOs (Initial Coin Offerings), o mercado de criptomoedas estava animado novamente graças a este caso de uso. Como sempre, a China não gostou.
O banimento das ICOs não foi o único daquele ano, sendo seguido pelo banimento de exchanges.
2017, setembro – China fecha exchanges
Todas as exchanges que estavam operando em Pequim e Xangai foram obrigadas a apresentar planos de encerramento de suas atividades.
Mesclado ao banimento das ICOs, a China mostrava-se indignada enquanto o Bitcoin vivia um bom ano.
2021, maio – China bane instituições financeiras e empresas de pagamento
Em maio deste ano, a China começava a sua série de banimentos, começando por instituições financeiras e companhias de pagamentos.
Determinando que estas não poderiam realizar qualquer atividade que envolvesse o uso de Bitcoin ou outra criptomoedas.
2021, maio – China expulsa mineradores
Novamente o Bitcoin estava vivendo um bom momento e novamente a China encontrou uma forma de freiar a adoção do Bitcoin em seu país, desta vez proibindo a mineração de BTC.
A proibição resultou em um êxodo da mineração, com grande parte do hashrate do Bitcoin sendo movido para outros países.
2021, setembro – China bane negociação de criptomoedas
Em seu último golpe, até o momento, a China proibiu que seus cidadãos negociassem Bitcoin e outras criptomoedas, seja de forma local ou internacional.
Diante de uma crise imobiliária, o país parecia ter esquecido de proibir seus cidadão de mais atividades, desta vez a negociação de criptoativos. A data também é marcada por um cerco a mineradores ilegais que ainda atuam no país.
Embora a China tente proibir a adoção do Bitcoin por seus cidadãos, e suas decisões consigam influenciar o sentimento do mercado a curto prazo, o Bitcoin continua crescendo forte, apresentando tanto mínimas quanto máximas mais altas a cada novo ciclo.