Do Kwon/Foto: Inner City Press.
Em sua primeira audiência já nos Estados Unidos, Do Kwon, fundador da Terra Luna se declarou inocente perante as acusações que pesam contra ele.
Extraditado de Montenegro a pedido dos EUA, o executivo de uma criptomoeda que colapsou e deixou milhares em prejuízo agora poderá responder as acusações que pesam contra ele no tribunal.
Sua primeira audiência ocorreu nesta quinta-feira (2), e contou com a cobertura da mídia local. O Inner City Press, perfil no X, participou da primeira audiência e divulgou em tempo real as informações do caso.
Ao chegar no tribunal, Do Kwon chegou levado pelos agentes do US Marshals, que é o serviço de delegados dos EUA. Ele chegou vestindo um suéter cinza/verde, com advogados para sua defesa ao seu lado.
Próximo dele ainda havia alguns agentes do FBI, mostrando que o caso atraiu investigadores de várias agências.
“Do Kwon estava de bom humor, conversando com advogado, e sorrindo“, disse o perfil que acompanhou o julgamento nesta quinta.
O juiz Lehrburger questionou no início da sessão qual foi o momento da prisão. Em resposta, ficou sabendo que o FBI assumiu a custódia do suspeito no dia 31 de dezembro de 2024, no horário local das 10 horas da manhã em Montenegro.
Se declarando “não culpado”, os advogados de Do Kwon receberam a informação de que o segundo julgamento deve ocorrer no dia 8 de janeiro de 2025.
A extradição de Kwon pela justiça de Montenegro ocorreu no final de 2024, conforme notícia divulgada pelo Livecoins. Ao concordar com o pedido dos EUA, o Supremo Tribunal daquele país negou o pedido de extradição da Coreia do Sul, país natal do suspeito.
O fim da criptomoeda Luna foi um dos eventos mais dramáticos no universo cripto. O colapso ocorreu de forma rápida, deixando investidores em choque. Luna, que já havia alcançado grande destaque, tornou-se sinônimo de inovação em finanças descentralizadas. Porém, a estabilidade prometida pelo ecossistema falhou.
Seu modelo de stablecoin algorítmica, vinculado ao UST, revelou vulnerabilidades. Ataques especulativos e uma crise de confiança iniciaram uma espiral negativa. O valor de Luna despencou em questão de dias, arrastando bilhões de dólares em capital. O mercado foi inundado por pânico e incerteza.
A queda também expôs falhas na governança do projeto. Promessas de recuperação e planos de relançamento não evitaram o estrago. Muitos investidores, especialmente pequenos, enfrentaram perdas irreparáveis. O evento marcou um momento de reflexão para o setor, que deverá ser relembrado no tribunal dos EUA que apura o caso.
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