Sucateiro Cripto: O brasileiro que transforma latinhas em Bitcoin

Seus sonhos e aspirações vão além do investimento. Ele tem visões de impulsionar negócios locais, aceitando Bitcoin e outras criptomoedas como forma de pagamento.

Muitas pessoas, ao observar o preço do Bitcoin, frequentemente se queixam de que é um investimento “muito caro” para considerar. Entretanto, no coração da cidade de Limeira, em São Paulo, Bruno Oliveira, conhecido como “Sucateiro Cripto”, está desafiando essa noção, provando que a paixão, a dedicação e a visão são mais cruciais do que grandes quantias de dinheiro.

Inspirado por um episódio de “The Big Bang Theory”, Bruno, que vende latinhas para comprar frações de bitcoin, agora é uma sensação no mercado de criptomoedas. A combinação peculiar de sua paixão pela reciclagem e seu interesse no mundo cripto tem encantado muitos na comunidade.

“Meu entusiasmo por criptomoedas foi despertado após assistir um episódio de The Big Bang Theory, e desde então, mergulhei nos estudos, sem olhar para trás. Com as limitações de um salário comum, tive a ideia de começar a reciclar latinhas.” — disse em entrevista ao Livecoins.

Transformando latinhas em Bitcoin

A descoberta do Bitcoin pelo Sucateiro Cripto não foi mera coincidência. Foi o resultado de uma busca consciente que o levou a ver o potencial da moeda digital.

Para ele, o Bitcoin representa não apenas uma oportunidade de investimento, mas uma forma de se blindar contra a desvalorização do real e a sistemas financeiros que muitas vezes desfavorecem a população.

“Minha primeira motivação surgiu ao compreender um dos fundamentos do bitcoin, com sua limitação a 21 milhões de unidades. Percebi que, mesmo investindo modestamente, não ficaria rico, mas também não ficaria mais pobre. Outra razão foi o desejo de ter a custódia do meu próprio dinheiro, livre de governos paternalistas…”

Bruno Oliveira Sucateiro Cripto
Bruno Oliveira Sucateiro Cripto

Com os recursos gerados a partir da reciclagem de latinhas e economizando em pequenos prazeres diários, ele adota uma abordagem disciplinada para investir. 

“Toda semana, mesmo que seja apenas 1 real, eu o invisto em bitcoin.” disse, acrescentando que também investe em outras criptomoedas, mas a maior parte dos recursos de reciclagem é direcionada para comprar bitcoin.

De acordo com Bruno, cada quilo de latinhas, quase 70 unidades, podem ser vendidas por R$ 5,50, o que se traduz em cerca de 0,000042 bitcoins. Isso significa que, para Bruno se tornar rico em bitcoin nos próximos anos, tendo a posse de 0.03 BTCs, ele precisa coletar aproximadamente 53.000 latinhas (790 kg).

Explicando a afirmação acima, se considerarmos os milionários do mundo e sua possível participação no mercado de criptomoedas, cada um poderia ter apenas 0,3 bitcoins, incluindo os bitcoins ainda não minerados.

E, se formos mais a fundo e considerarmos como perdidos todos os bitcoins que não se movimentaram nos últimos cinco anos, teríamos apenas 14 milhões de bitcoins disponíveis para serem trocados de mãos.

Isso resultaria em uma divisão onde cada milionário teria a possibilidade de possuir apenas 0,28 bitcoins, pressupondo uma distribuição uniforme do suprimento.

Naturalmente, nem todos terão a chance de ter um Bitcoin, ou pelo menos uma fração da criptomoeda.

Segundo estudos recentes, um dos motivos mais importantes para a popularização do Bitcoin é a falta de pessoas que tenham pelo menos uma fração da criptomoeda. Os dados revelam que atualmente apenas 40 milhões de empresas e entidades ao redor do mundo estão negociando a moeda digital.

Isto equivale a apenas 0,3% da população mundial total. Além disso, conforme cálculos atuais, com cerca de 7,7 bilhões de seres humanos no planeta, existem apenas 1 bitcoin para cada 333 pessoas.

“Compre Bitcoin”

Contrariando as preocupações comuns sobre a volatilidade do Bitcoin, o Sucateiro Cripto vê as oscilações do mercado como oportunidades.

Ele diz: “Para alguém como eu, que investe valores modestos, a volatilidade é altamente favorável.” E seu comprometimento com o investimento é evidente em sua abordagem prudente de nunca tocar no dinheiro destinado às necessidades básicas.

Para aqueles que estão hesitantes em dar o salto para o mundo cripto devido a restrições financeiras, ele tem um conselho simples: “Seja criativo”. Afinal, foi a criatividade que o levou a transformar a reciclagem de latinhas em uma fonte viável de investimento em bitcoin.

Bruno Oliveira Sucateiro Cripto
Bruno Oliveira Sucateiro Cripto

Seus sonhos e aspirações vão além do investimento. Ele tem visões de impulsionar negócios locais, aceitando Bitcoin e outras criptomoedas como forma de pagamento.

“Meu objetivo é adquirir uma Kombi ou Doblò para vender os produtos da minha mãe, aceitando Bitcoin como forma de pagamento e fazer uma coisa inedita na cidade que é aceitar criptos.”

Além disso, expressa o desejo de celebrar seu amor por sua esposa Gisele na blockchain, demonstrando mais uma vez sua profunda conexão com o mundo cripto.

Quanto a investimentos no mercado tradicional, Bruno disse que não gosta, uma vez que a bolsa não lhe parece viável para investir quantias tão pequenas quanto 1 real.

A história do “Sucateiro Cripto” serve como um lembrete de que o mundo das criptomoedas não é exclusivo para os milionários. Com a determinação certa e criatividade, qualquer um pode forjar seu próprio caminho no ecossistema cripto e, talvez, mudar sua vida no processo.

Em alguns anos, acreditamos, Bruno poderá ser um dos visionários afortunados do mundo digital que apostou no Bitcoin enquanto muitos hesitaram.

Veja a baixo a história de Bruno publicada pelo canal Investimentos Digitais.

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Vinicius Golveia
Vinicius Golveia
Formado em sistema da informação pela PUC-RJ e Pós-graduado em Jornalismo Digital. Conhece o Bitcoin desde 2014, atuando como desenvolvedor de blockchain em diversas empresas. Atualmente escreve para o Livecoins sobre assuntos de criptomoedas. Gosta de cultura POP / Geek. Se não estiver escrevendo notícias relevantes, provavelmente está assistindo alguma série.

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