Criptomoedas e fintechs na mira do Coaf de Moro e Bolsonaro

Com a mudança de governo federal, começaram a valer medidas que afetam a vida dos brasileiros. Uma das primeiras regulamentações feitas pelo presidente Jair Bolsonaro foi assinar um decreto sobre o novo estatuto do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

No decreto, o Coaf foi transferido do Ministério da Fazenda para o Ministério da Justiça e Segurança pública, mas não apenas isso! Agora ele tem mais poder de decisão e está nas mãos do Ministro Sérgio Moro.

Uma análise mais aprofundada foi publicada no artigo do Estadão, na terça-feira (22) pelos especialistas em Direito Penal Econômico, Armando S. Mesquita Neto e Henrique Zelante Rodrigues Netto, e você pode conferir mais detalhes aqui no Livecoins, e com a explicação de um consultor financeiro falando sobre o decreto do governo.

Que poder o Coaf terá?

Uma das questões é que o órgão terá mais autonomia para ter acesso a informações financeiras sigilosas entre os órgãos de fiscalização e controle.

Devem ser criadas duas repartições dentro do órgão: Secretaria de Inteligência Financeira e Lei de Lavagem de Dinheiro e a Diretoria de Supervisão.

Mais do que isso, ela passará a agir com mais agilidade. Neste caso, um dos alvos serão as fintechs e as corretoras de criptomoedas, que até o momento não tem órgão regulamentador específico.

Só que não é nenhuma novidade, já que o desafio de regular o sistema financeiro paralelo das criptomoedas é mundial, e não apenas aqui no Brasil.

Porém algumas questões podem mudar com o novo regulamento do Coaf. Inclusive, quem cair na fiscalização poderá receber penalidades. Neste caso, mais voltado para as exchanges de criptomoedas.

Visão de um consultor financeiro

Não é necessário medo. Jonatha Reis, consultor financeiro acredita que o decreto diz muito a respeito sobre a Inteligência financeira:

“É isso que se está precisando porque é uma saída que está acontecendo em todos países que não tem conhecimento, e nem tecnologia suficiente pra fiscalizar as origens e todas as transferências de dinheiro”, conta.

Ele discorre sobre a transferência de dinheiro de criminosos e sobre a atuação do governo:

“Tanto que foi uma saída, claro, pra criminosos pra fazer transferências entre eles sem origem de dinheiro”, afirma.

“E mesmo a menção ser em criptomoedas (no decreto), mas isso há anos o governo não consegue ter uma atuação forte nas máfias mesmo com dinheiro. Assim já não tem capacidade pra conseguir fiscalizar, prendendo os criminosos com o dinheiro físico, não conseguindo ir atrás”, diz.

Sendo assim, o decreto é mais para regulamentar, para que as coisas não continuem acontecendo “debaixo dos panos”, sem ter nenhuma fiscalização. Mesmo que esteja sendo regulamentado, não é um viés de garantia!

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Angelica Weise
Angelica Weise
Angélica Weise é jornalista formada pela Unisc, com mestrado pela UFSM. Escreve sobre os mais diversos assuntos, e claro, sobre criptomoedas. E-mail: angelicaweise@hotmail.com Angélica Weise é jornalista e escritora. Nasceu em Agudo (RS), mora na cidade gaúcha de Santa Cruz do Sul (RS), em 23 de abril de 1989. Formou-se em Jornalismo em 2012 na Universidade de Santa Cruz do Sul, UNISC/RS. Fez intercâmbio na Itália e uma especialização em Mídias na Educação na Fundação Universidade Federal, FURGH/RS; além de se preparar para seleção de mestrado em 2014. Começou a trajetória no jornalismo em 2013. Trabalha como jornalista freelancer independente e escreve para os diversos mídias, entre elas, internet (portais e sites) e revistas, sobre sustentabilidade, vida saudável, literatura., Bitcoin e blockchain. Em 2013 lançou o primeiro livro pela editora Multifoco: Jornalismo Literário: uma análise das reportagens de José Hamilton Ribeiro publicadas na Revista Realidade. O livro é fonte de pesquisa para estudantes, pesquisadores e jornalistas.

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