Heather Morgan se tornou um nome bem conhecido dentro do mercado de criptomoedas nas últimas semanas, junto de seu marido, Ilya Lichtenstein – ela foi presa acusada da maior fraude de criptomoedas na história dos EUA, supostamente sendo responsável pela lavagem de US$ 3,5 bilhões de dólares em Bitcoin.
Desde o começo de todo o caso, a defesa vem afirmando que a acusação contra Heather e Lichtenstein é bem fraca e que a promotoria não tem muitos argumentos contra eles. Ainda assim, a promotoria continua pressionando o caso contra os dois, sempre ressaltando que esse é o maior caso de fraude da história do país.
Recentemente o caso ganhou uma nova etapa, garantindo o direito de liberdade à Heather Morgan com o pagamento de fiança. A juíza Beryl Howell decidiu pela liberação de Heather mediante o pagamento de fiança de US$ 3 milhões ( R$ 15 milhões), pouco menos de 10% do valor fraudado.
Marido continua preso
O marido de Morgan continua preso e a justiça não permitiu que ele fosse liberado, mesmo se pagasse fiança. Para a promotoria, há claras evidências de que ele é quem administrava os fundos e há o risco de ele fugir aproveitando das moedas que ainda não foram apreendidas.
A defesa argumentou que Morgan era muito menos suscetível a uma fuga porque ela não tem acesso a esse dinheiro para ajudá-la a fugir. Apesar de ser liberada da prisão, Heather ficará em prisão domiciliar, tendo que usar tornozeleira eletrônica para monitoração, além de ter restrições de uso do computador e também ter sido proíbida de realizar transações com criptomoedas.
Os advogados de defesa argumentaram que o casal provavelmente não fugiria por vários motivos: Morgan está se recuperando de uma cirurgia, os pais dela e os pais de Lichtenstein colocaram a casa como garantia da fiança.
Já os promotores responderam que o casal talvez não saiba das provas que a acusação tem contra eles e que eles podem usar os bitcoins que não foram apreendidos e ouro para fugir para algum país que não os deportaria, como a Rússia, país onde Lichtenstein nasceu.
Mesmo fora da cadeia, o julgamento contra Morgan e seu marido continua e os promotores estão bem dispostos a fazer dos dois acusados um exemplo para outros fraudadores do mercado.