Quando pensamos em roubo de criptomoedas a primeira coisa que nos vem a cabeça são os golpes ou hackers que acabam levando os ativos digitais das vítimas. No entanto, recentemente um tipo de crime cada vez mais comum é a violência física relacionada a investidores de criptomoedas.
Esse tipo de ataque envolve ameaças diretas e muitas vezes violência para forçar a vítima a entregar o acesso de suas criptomoedas ou realizar transferências. De acordo com informações do South China Morning Post, a polícia apreendeu membros de uma gangue que atuava dessa maneira e que chegou a roubar US$ 384 mil, cerca de R$ 1,9 milhão, de uma de suas vítimas.
Nove suspeitos foram presos acusados de simular uma compra de criptomoedas para poder roubar a vítima. Segundo informações, os criminosos se passaram por vendedores de Tether (USDT) para atrair a vítima para o golpe.
Martelos e cassetetes
Se passando por vendedores de criptomoeda, eles fecharam negócio com um morador de Hong Kong não identificado. A ideia é que eles venderiam para esse morador a quantidade de HK$ 3 milhões (US$ 384 mil) em USDT e marcaram um encontro em um local para realizar a transação cara a cara.
Quando a vítima chegou no local combinado, ele foi atacado, segundo a fonte. O encontro inicialmente foi marcado com uma mulher, que seria a vendedora.
“Uma gangue de sete a oito homens carregando facas, martelos e cassetetes retrateis correram para dentro da unidade e atacaram o negociante e o seu amigo de 32 anos. Os criminosos fugiram levando a bolsa com HK$ 3 milhões em dinheiro, a mulher fugiu junto com eles e é considerada uma suspeita.”, afirma as notícias.
Por causa do ataque dos suspeitos, a vítima e seu amigo sofreram ferimentos nos braços e na cabeça. Ambos tiveram que ser levados ao hospital. Um dos amigos da vítima não foi atacada.
Durante as investigações foram realizados mandados de prisão contra os suspeitos. Durante uma das ações da polícia, um dos suspeitos tentou uma fuga “cinematográfica”, pulando pela janela de um prédio e escalando a lateral do imóvel, mas foi preso logo depois.
Três dos suspeitos foram testados positivo para Covid-19 e foram enviados para tratamento hospitalar, cerca de 20 polícias tiveram que se isolar por causa desses três suspeitos, ficando afastados do trabalho em quarentena, aumentando ainda mais o prejuízo causado pelos criminosos.