Em meio a um período de negatividade no mercado de criptomoedas, muitos estão com o pé atrás com o Bitcoin, no entanto, algumas opiniões inesperadas foram dadas pelo JPMorgan, banco que anteriormente criticou a criptomoeda e agora está afirmando que a moeda digital é um investimento alternativo preferido.
De acordo com recomendações divulgadas pelo JPMorgan, apesar do momento de queda das criptomoedas, o terceiro maior banco dos EUA acredita que o Bitcoin está subvalorizado.
O banco aponta que a equipe de conselho reiterou sua opinião e acredita que o bitcoin está 28% abaixo do seu “valor real”.
Em uma nota enviada aos clientes nesta quarta-feira (25), o JPMorgan também afirmou que o Bitcoin se tornou o “investimento alternativo preferido” recomendado pelo banco, ficando na frente de outras classes como private equity, débito privado e negócios imobiliários.
O banco colocou o Bitcoin junto apenas de Hedge Funds, falando que acredita em um “potencial re-precificação atrasada.”
Nikolaos Panigirtzoglou, estrategista do JPMorgan deixou ainda mais claro a confiança do banco em relação ao futuro do bitcoin nos próximos meses.
“No último mês a correção das criptomoedas pareceu mais com uma capitulação relativa ao último janeiro/fevereiro. no futuro nós veremos uma alta para o Bitcoin e para as criptomoedas de forma geral.”, disse Panigirtzoglou.
Bitcoin subvalorizado
A avaliação positiva é sem dúvidas um importante voto de confiança para o Bitcoin, que atualmente está sendo negociado por menos da metade de seu preço mais alto, US$ 69 mil.
As criptomoedas despencaram em 2022, resultado do aumento da inflação, das taxas de juros, da guerra na Ucrânia e da desaceleração da economia chinesa, isso fez com que os investidores abandonassem ativos considerados de risco.
O Bitcoin caiu quase 40% este ano, arrastando todo o mercado de criptomoedas para baixo e fazendo com que várias altcoins vissem perdas de até 80%.
O JPMorgan disse que a crise prejudicou mais as criptomoedas do que outros investimentos alternativos, como private equity, dívida privada e imóveis. Isso sugere que há mais espaço para as criptomoedas se recuperarem, de acordo com estrategistas do banco.
Além do aumento das taxas de juros e das consequências da guerra na Ucrânia, o mercado de criptomoedas está enfrentando o colapso de US$ 50 bilhões da stablecoin algorítmica TerraUSD (UST) e o token do mesmo ecossistema, LUNA.
Apesar do colapso da Luna, que pode ter pintado uma imagem negativa da indústria, os estrategistas do banco, no entanto, acreditam que existem poucos sinais sugerindo que o mercado de criptomoedas parará de crescer.
Outro ponto levantado pelo JPMorgan é que, diferente de 2018 e 2019, que viu um inverno cripto prolongado, desta vez há muito mais interesse de investimento institucional e também de capital de risco indo para as criptomoedas.
Essa será uma ferramenta importante para fazer com que a pressão de venda não seja tão severa e tão duradoura.
O fato do JPMorgan – que anteriormente criticou investimentos em Bitcoin – estar apostando na moeda digital como uma forma preferível de investimento, mesmo no momento “frio” do criptomercado, é sem dúvidas um importante indicador de que pelo menos a confiança na maior criptomoeda do mundo está aumentando.