FMI: Problemas em corretoras de criptomoedas impulsionam regulação

Membros do órgão internacional emitiram alerta para reguladores pelo mundo.

A regulação global das criptomoedas começa a entrar na mira do FMI, que em um artigo recente culpou os problemas das corretoras como justificativa para impulsionar o movimento que visa criar regras para o emergente mercado.

Com a queda das criptomoedas, muitas corretoras travaram saques de criptomoedas, alegando várias razões para isso.

Além disso, demissões no mercado ocorreram em vários países, inclusive no Brasil, mostrando um cenário perigoso para essas plataformas digitais que conduzem a intermediação entre seus clientes, segurando as moedas sob sua custódia.

FMI alerta que problemas em corretoras de criptomoedas impulsionaram a regulação

Em um artigo recente publicado pelo Fundo Monetário Internacional, o assunto voltou a ser o das criptomoedas e empresas que permitem suas negociações.

O vice-diretor Aditya Narain e Marina Moretti, diretora adjunta, ambos do Departamento de Mercados Monetários e de Capitais do FMI, são os autores do estudo.

De acordo com eles, o surgimento das criptomoedas já ultrapassa uma década, mas só agora se fala em regular este setor. E isso ocorre em meio ao uso dessas moedas como especulação, hedge contra moedas fracas e possíveis meios de pagamentos.

Além disso, as criptomoedas se aproximam do mercado financeiro cada vez mais. Neste ponto, o artigo do FMI indica que as crescentes falhas com criptomoedas são muito perigosas, devendo as empresas do setor serem reguladas com urgência.

O Brasil, por exemplo, é um dos países prestes a aprovar uma regulação local para as criptomoedas, com o PL 4.401/2021 prestes a ser aprovado no Congresso Nacional. Essa lei deve criar regras para as corretoras, não para as moedas em si.

“Regulação global protegerá os investidores e trará ordem aos mercados”

Como vários países abordam as criptomoedas de forma diferente, o FMI pede que todos lutem para que um padrão seja estabelecido.

Isso porque, enquanto a China proíbe as criptomoedas, El Salvador aprovou uma lei facilitando esse mercado em seu território.

Assim, o artigo dos diretores do FMI pede uma resposta global antes que as regras nacionais sejam muito distintas e dificultem a criação de padrões.

Para isso, a organização pede união dos países sobre o tema, de forma coordenada, consistente e abrangente.

“Uma estrutura regulatória global trará ordem aos mercados, ajudará a incutir confiança no consumidor, estabelecerá os limites do que é permitido e fornecerá um espaço seguro para a continuidade da inovação útil.”

Com o novo artigo, o FMI deixa clara sua intenção para o mercado de criptomoedas e se coloca como possível órgão a ajudar países na busca de padrões.

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.

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