Alguns jogos online, como Roblox, FIFA, Minecraft e Elden Ring estão tendo suas imagens utilizadas por vírus que roubam criptomoedas de vítimas desatentas com a prática criminosa.
O alerta foi divulgado pela Kaspersky nesta terça-feira (13), empresa de cibersegurança que viu um crescimento de crimes contra gamers no primeiro semestre de 2022.
Como muitos desses gamers podem ter criptomoedas, ou jogarem jogos NFTs, a situação é certamente perigosa para quem busca opções de jogos gratuitos.
Vale lembrar que além de criptomoedas, esses vírus roubam informações pessoais, contas bancárias, entre outros.
Falsos jogos disseminam vírus que roubam criptomoedas de gamers
O número de vítimas atacadas por programas maliciosos que coleta dados sigilosos e se espalha camuflado com algum dos títulos de jogos mais conhecidos aumentou 13% neste ano, em comparação com a primeira metade de 2021.
Isso porque, a Kaspersky fez um levantamento entre julho do ano passado até o fim de junho de 2022, encontrando uma situação extremamente perigosa.
São 384 mil pessoas afetadas por quase 92 mil arquivos maliciosos ou indesejados que imitavam 28 jogos, ou seja, o crime cibernético mira os gamers no último ano.
Além do grande número malware e adware, a empresa detectou até Trojan-Spies, que são uma categoria de spyware que consegue rastrear os dados digitados no teclado e fazer capturas de tela.
No mesmo período, as soluções de segurança da Kaspersky detectaram mais de 3,7 mil arquivos exclusivos que distribuíam software malicioso disfarçado de jogos populares ou grandes lançamentos.
Vírus RedLine é um dos destaques no setor cibernético no período
Os golpistas que estão atacando os gamers focam em utilizar a imagens de grandes jogos, principalmente aqueles com grande base de fãs.
Assim, lançamentos ou jogos que sempre estão em alta são os preferidos, como Roblox, FIFA, Minecraft, Elden Ring, Halo e Resident Evil, por exemplo.
Todos esses títulos tiveram suas imagens utilizadas pelo malware RedLine, um dos que obteve maior destaque no período apurado pela análise de segurança.
Sua atuação consiste em extrair dados sigilosos do dispositivo infectado, como senhas, dados de cartões bancários, carteiras de criptomoedas e credenciais VPN.
De acordo com a pesquisa, mais de 2,3 mil gamers foram atacados pelo RedLine no último ano, um vírus vendido em fóruns de hackers a preços baixos, se tornando assim popular entre criminosos.
Para Anton V. Ivanov, pesquisador sênior em segurança da Kaspersky, os ataques se devem ao crescimento do mercado gamer nos últimos anos.
“Durante a pandemia, a indústria de jogos teve um crescimento enorme, com um aumento do número de fãs de jogos. Como podemos ver, os cibercriminosos exploram ativamente essa tendência, criando esquemas e ferramentas para atacar jogadores e roubar dados de cartões de crédito e até contas de jogos, possivelmente com skins caras que podem ser revendidas posteriormente. Esperamos ver novos tipos de ataques sobre gamers no próximo ano, com e-sports, por exemplo, que estão ganhando muita popularidade no mundo inteiro. Por isso, é extremamente importante se proteger continuamente para não perder dinheiro, credenciais e contas de jogos.”
A recomendação dos especialistas é evitar a busca por jogos em lojas não-oficiais e piratas. Além disso, é importante conferir ao realizar o download de um game se está no site correto da aplicação, visto que campanhas de phishing também estão sendo perigosas para gamers.