O FBI, nos Estados Unidos, anunciou a prisão de um ucraniano que morava na Holanda e recebia criptomoedas para criar malwares.
O jovem Mark Sokolovsky, de 26 anos, é acusado de crimes internacionais contra pessoas de todo o mundo, principalmente cidadãos dos EUA.
A operação fraudulenta do criminoso chamada de Raccoon Infostealer infectava computadores pessoais pelo mundo em busca de obter informações das vítimas.
Ucraniano preso pelo FBI recebia US$ 200,00 em criptomoedas por mês pelo aluguel de malwares
No mundo dos crimes cibernéticos, obter informações pessoais de vítimas é uma prática que ajuda os hackers a buscarem recompensas para suas ações.
Assim, Mark Sokolovsky é acusado de alugar para hackers de todo o mundo seus malwares, cobrando US$ 200,00 por mês pelo acesso a suas ferramentas, em um esquema de “Malware as a Service”.
O valor pago ao ucraniano era todo pago em criptomoedas, apontam a investigação do FBI, que prendeu o suspeito.
Com a ferramenta em mãos, criminosos obtinham dados financeiros de vítimas, credenciais de login e outras informações utilizadas pelas vítimas, normalmente alvos de campanha de phishing.
Após a prisão de Mark, o FBI lançou o site raccoon.ic3.gov onde as vítimas podem consultar se seus e-mails estão no local, o que indicaria que foram alvos do esquema.
Para a procuradora dos EUA, Ashleu Hoff, o fim do esquema é um duro golpe contra o crime cibernético enfrentado com cooperação internacional.
“Aplaudo o trabalho árduo dos agentes e promotores envolvidos neste caso, bem como de nossos parceiros internacionais por seus esforços para interromper o Raccoon Infostealer e reunir as evidências necessárias para indiciar e notificar possíveis vítimas. Esse tipo de malware alimenta o ecossistema de crimes cibernéticos, coletando informações valiosas e permitindo que criminosos cibernéticos roubem de americanos e cidadãos inocentes em todo o mundo. Peço ao público que visite o site Raccoon Infostealer do FBI, descubra se seu e-mail está dentro dos dados roubados e registre uma queixa de vítima através do site IC3 do FBI.”
20 anos de prisão
No dia 13 de setembro, o tribunal em Amsterdã autorizou que o suspeito de criar malwares fosse extraditado para os EUA, mas ele recorreu da sentença.
Mesmo assim, o homem pode pegar até 20 anos de prisão, visto que responde pelos crimes de fraude eletrônica e lavagem de dinheiro. São cinco anos por conspiração e cometer fraude de computador e uma pena consecutiva obrigatória de dois anos pelo crime de roubo de identidade agravado.