Quase 30% dos brasileiros possuem criptomoedas, diz estudo

Estudo realizado em vários países da América Latina por empresa israelense buscou conhecer realidade de produtos financeiros na região.

Um novo estudo na América Latina revelou que quase um terço dos brasileiros já possuem criptomoedas, utilizando principalmente aplicativos para realizar seus aportes em ativos digitais.

A fintech Rapyd, empresa global de unificação de pagamentos digitais, acaba de publicar os resultados de um estudo com tendências do e-commerce no mercado latino-americano.

Fizeram parte da pesquisa 3088 pessoas com hábito de comprar online ao menos uma vez por mês, em seis países: Argentina, Chile, Colômbia, México, Peru e Brasil.

O levantamento identificou que o produto financeiro mais popular no Brasil hoje é o cartão de crédito, com 82% dos respondentes possuindo pelo menos um.

Em segundo lugar, há um grupo praticamente embolado, o qual é de conta-corrente (68%), conta poupança (68%) e cartão de débito (67%).

Grupo de brasileiros que possuem criptomoedas já ocupa pelo menos 27% da população

Maior país da América Latina, o Brasil tem proporções continentais e, com uma população estimada em 214 milhões de pessoas, segue registrando a maior adoção de criptomoedas na região.

Ainda que as criptomoedas não sejam tão populares quanto um cartão de crédito, o novo levantamento da Rapyd indica que 27% dos brasileiros já possuem algum investimento no setor.

Para o CMO da Rapyd, Marc Winitz, os dados revelam que os latinos-americanos são voltados ao pagamento digital, o que é um bom sinal para o mercado de criptomoedas.

“Finalmente o mundo está vendo o que sabemos ser verdade há anos – a América Latina é um hotspot para inovação em fintech. Quando se trata de pagar e receber, os consumidores latino-americanos operam com uma mentalidade digital-first – e já adotaram práticas inovadoras que o resto do mundo ainda está adotando. O pagamento e o desembolso localizados nos métodos locais preferidos continuam sendo um dos recursos mais solicitados que estamos vendo em toda a região e nossa pesquisa confirma isso.”

Os brasileiros preferem inclusive soluções bancárias como e-wallets a DOC e TED, indicando uma grande adesão aos sistemas de pagamentos digitais no país.

Pelo menos 26% das pessoas já utilizam aplicativos de criptomoedas no Brasil

Em relação aos aplicativos financeiros, os entrevistados foram perguntados quais haviam usado nos últimos 30 dias.

E no Brasil, mais um empate técnico na liderança: os aplicativos de bancos (74%) e as carteiras digitais (73%) foram os mais citados. Um pouco atrás, apareceram os aplicativos próprios dos cartões (62%).

Na sequência, os brasileiros mencionaram como recursos habituais os aplicativos relativos a criptomoedas (26%), que já representam mais do que os de fundos de investimento (24%). Aplicativos de crédito e empréstimo (14%) e de gestão financeira (11%), são os que os brasileiros desse segmento menos usam.

O estudo ainda indicou que apenas 37% da população latina tem uma conta formal em bancos. Ao mesmo tempo, 60% se considera inovador em uso de tecnologia e deseja utilizar soluções de fintechs.

No futuro, o executivo da Rapyd, empresa israelense, indica que esses dados devem ajudar empresas que esperam oferecer produtos e serviços na região.

“Essa dinâmica única de mercado cria uma grande oportunidade para empresas regionais e globais que desejam expandir seu alcance e presença em toda a América Latina. Olhando para o futuro, as empresas que têm sucesso e ganham na região precisam entender e acomodar os consumidores da LATAM que esperam receber pagamentos em seus métodos preferidos, com ênfase em velocidade, segurança e proteção de dados.”

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.

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