Após deflagrar a Operação Metaverso, com detalhes divulgados na manhã da quarta-feira (23), a PF procura apreender criptomoedas de suspeitos de fraudes bancárias que atuavam de pelo menos quatro estados brasileiros.
As práticas fraudulentas começaram a ser investigadas em 2020, quando a PF detectou os primeiros problemas.
A Febraban, Federação Brasileira de Bancos, ajudou durante as investigações da Operação Tentáculos, deflagrada em agosto de 2022. Assim, a nova operação é um desdobramento daquela que apurou crimes contra instituições financeiras.
PF deflagra Operação Metaverso e procura criptomoedas de suspeitos em quatro estados
Ao cometer fraudes bancárias, um grupo de 30 pessoas físicas e jurídicas despertou a atenção de agentes federais.
As buscas por suspeitos começaram na terça-feira (22), quando a 4.ª Vara Criminal de Porto Velho (RO) acatou pedido da PF para as buscas. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão em São Paulo, Rondônia, Paraná e Mato Grosso do Sul.
De acordo com a PF, a nova operação visa dar um golpe na quadrilha que vinha praticando fraudes bancárias. Deste modo, o golpe nos criminosos pode ajudar na repressão dos crimes.
Ao todo, as suspeitas é que o grupo tenha roubado R$ 16,7 milhões de uma empresa, e mais 1,8 milhão de reais de outra. Durante as buscas, agentes federais encontraram documentos e dinheiro em posse dos suspeitos.
Entre as empresas que participaram da fraude, investigadores acreditam que elas podem ter surgido com a finalidade criminosa. Ou seja, faziam parte do esquema, operadas pelos criminosos.
PF percebeu utilização de criptomoedas pelos suspeitos através de corretoras
Para registrar o ataque, os criminosos conseguiram explorar uma vulnerabilidade em um site vítima. Assim, milhões de reais foram subtraídos das contas dos clientes da instituição bancária e rapidamente enviados para várias contas, em valores pequenos.
Conforme apurou a polícia federal, a prática visou ocultar o dinheiro e dificultar as investigações. Contudo, parte dos valores foram enviados para corretoras de criptomoedas, quando os criminosos buscavam esconder seus rastros.
“Dentro da atuação conjunta, o Núcleo de Repressão a Fraudes Bancárias da Divisão de Repressão a Crimes Cibernéticos da PF iniciou investigação para apurar fraudes cometidas por meio da internet, no montante de R$ 18,5 milhões em transferências bancárias para empresas e pessoas físicas com posterior compras de criptomoedas, inclusive através de corretoras de outros países, a fim de dificultar a rastreabilidade das vantagens financeiras obtidas.”
A nova operação da PF contra crimes de fraudes bancárias não prendeu suspeitos na primeira fase. Por fim, a ação tem como objetivo acabar com fraudes bancárias por meio de internet no Brasil.