Suspeito de organizar homicídios em Cabo Frio e região, investigado pela Operação Kryptos, o Faraó dos Bitcoins foi transferido nesta quarta-feira (25) para um presídio de segurança máxima no Paraná.
Toda a ação da transferência contou com a cobertura do RLagos Notícias, que divulgou Glaidson Acácio dos Santos escoltado por agentes no aeroporto. O destino é o presídio Federal em Catanduvas, onde seguirá preso.
A transferência ocorre a pedido de um juiz da 1.ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, especializada em casos de Organização Criminosa, há um mês. Ao analisar a requisição, outro juiz federal do Paraná concordou com o pedido para receber Glaidson.
Veja vídeo da transferência do Faraó dos bitcoins para presídio do Paraná
De acordo com informações divulgadas pelo RLagos Notícias, o Faraó dos Bitcoins deixou Bangu 1 às 7:30 horas da manhã desta quarta. Ele cumpria pena no presídio de segurança máxima do Rio de Janeiro desde 2022, após mais informações de seus envolvimentos com crimes se tornarem conhecidas pela justiça federal.
Ao sair de Bangu 1, Glaidson passou o Instituto Médico Legal para realizar exames de Corpo de Delito.
Escoltado pela Polícia Federal, o Faraó dos bitcoins embarcou em um voo diretamente do Aeroporto Galeão, onde notavelmente aparece com as mãos algemadas ocultas por uma blusa em vídeo.
Escolta fortemente armada conduziu Glaidson pela linha vermelha
Para levar o Faraó dos bitcoins para o Aeroporto, a PF conduziu o suspeito sob escolta fortemente armada através da linha vermelha do Rio de Janeiro, que ficou parada em alguns pontos durante a condução do prisioneiro nesta manhã.
Glaidson é o fundador da empresa GAS Consultoria, de Cabo Frio, que oferecia rendimentos de 10% ao mês para seus clientes. A empresa foi alvo de uma operação após denúncias do Fantástico, da Rede Globo, em 2021.
Na ocasião, a cidade sede do negócio vivia uma onda de violência entre empresas que ofereciam produtos de investimentos relacionados a criptomoedas. Entre tentativas de homicídio e homicídios confirmados, a Polícia Civil começou a investigar e chegou a conclusão que Glaidson era o mandante dos bárbaros crimes.
Para isso, ele comandava grupos criminosos que eram orquestradas a agir com rapidez contra seus concorrentes. Um dos alvos do grupo chegou a ser o marido da cantora Perlla, Patrick Abrahão, preso pela PF em 2022 também por criar esquemas de pirâmide financeira no Brasil.
No Paraná, Glaidson seguirá preso enquanto as autoridades apuram seu envolvimento com os crimes no Rio.