Em parceria com a ONG Educar+, a Rede Polygon, principal blockchain layer 2 do Ethereum, inaugurou na última quarta-feira (25), a sua primeira TechHouse, primeiro investimento no Brasil.
Desenvolvida para levar a blockchain a lugares ainda não acessados, a ação visa fomentar projetos de inclusão digital como os feitos pelo Educar+ que, desde 2021, inseriu web3 e as novas tecnologias em sua grade curricular.
A primeira TechHouse da Polygon fica localizada na favela do Final Feliz, no Complexo do Chapadão, no Rio de Janeiro.
Como funcionará a TechHouse inaugurada pela Rede Polygon no Brasil?
A TechHouse funciona como laboratório de informática social que será utilizado para ministrar as aulas dos alunos dos cursos de tecnologia, das turmas de educação, como alfabetização e artes, que terão o ensino integrado às tecnologias esse ano, do audiovisual e pela comunidade.
Para Carol Santos, CEO e fundadora do Educar+, a parceria tem potencial de levar a Web3 para mais pessoas.
“Nosso objetivo é fazer jus a descentralização da web3, e para isso ela não pode estar disponível só para quem detém o poder aquisitivo. Para ser realmente descentralizada, a blockchain tem que chegar nas comunidades, ela tem que estar no morro e no asfalto, ela tem que estar tanto na mão de um periférico, quanto ela está na mão de um executivo.”
O Laboratório de informática social é um sonho antigo da ONG, que antes utilizava computadores de segunda mão doados por escolas e não tinha estrutura para expandir as turmas de tecnologia. Com a ImpactPlus, o braço social da Rede Polygon, a ONG está devidamente equipada para atender alunos e comunidade.
Alunos aprenderão da informática básica até programação do metaverso
Ao todo, a ONG recebeu oito kits de computadores, compostos por monitor, mouse, cpu, teclado, fone, mesa, cadeira, webcam, além de data show e a reforma da sala. A grade tecnológica do Educar+, principal pilar atendido pela TechHouse, conta com dois projetos de três turmas cada, o Era Digital e o Web3Favela.
Focado no ensino de informática básica, o Era Digital atende crianças e adolescentes, e no ano passado iniciou uma turma especial com mães de alunos. Além disso, o Web3Favela, um projeto de educação sobre Web3 para jovens periféricos, visa oportunizar transformação social através da tecnologia blockchain.
De acordo com a Carol da Educar+, o novo espaço capacitará os alunos para programarem no metaverso, entre outras atividades.
“A TechHouse será um espaço que vai levar ao aluno desde a informática básica até a experiência de desenvolver projetos no metaverso usando o The Sandbox e Vox Edit, por exemplo. Poderemos fazer experimentação de jogos, utilizar diferentes plataformas, as possibilidades são infinitas.”
Todos os projetos proporcionam desenvolvimento pessoal, auxílio na educação e melhoria no currículo profissional.
Por fim, estimulam os alunos a desenvolverem soluções tecnológicas para a comunidade. Vale lembrar que o laboratório também atua na formação de jovens talentos, oferecendo treinamentos para quem deseja se especializar em tecnologias web3 e blockchain.
A Polygon é um kit de ferramentas de soluções de dimensionamento de camada 2 criado para o Ethereum. Assim, permite que os desenvolvedores criem sidechains, soluções de dimensionamento ou dApps escaláveis e fáceis de usar. Além disso, a criptomoeda do ecossistema, a MATIC, é a décima maior em market cap do mercado de criptomoedas.