As autoridades policiais da Argentina anunciaram nos últimos dias que sequestraram as criptomoedas de um suspeito de cometer fraudes digitais no país. Um jovem de 23 anos recebeu ordem de prisão e está à disposição da justiça.
De acordo com o La Nacion, os valores sequestrados pelas autoridades argentinas envolvem 11 mil dólares, ou seja, R$ 52 mil.
A Operação contra o golpe praticado pela internet é um marco no combate aos crimes no país vizinho do Brasil. Isso porque, está sendo considerado um procedimento inédito a nova apreensão das criptomoedas de um suspeito.
Autoridades sequestram criptomoedas na Argentina e deverão manter valores até que um confisco seja liberado pela justiça
Tudo começou quando um jovem de 23 anos conseguiu invadir a conta bancária de uma vítima e esvaziar sua conta. Imediatamente após a ação, ele conseguiu trocar tudo por criptomoedas e depositar em uma carteira própria.
Em casos assim, autoridades encontram dificuldades de localizar os recursos, visto que as carteiras de criptomoedas possuem mecanismos de segurança.
Contudo, identificado, o jovem acabou na prisão, e todas as suas criptomoedas sequestradas pelas autoridades argentinas. Autoridades de San Isidro e de Buenos Aires conduziram as investigações com sucesso e, ao obter acesso à carteira do suspeito, transferiram todos os valores para uma carteira de posse do governo.
Agora, os valores em criptomoedas estão à disposição da justiça, seguindo recomendações de apreensão internacionais. Contudo, em breve a justiça deve autorizar o confisco dos valores, que aí serão convertidos para moeda corrente do país, o Peso argentino.
Jovem roubou contas de uma empresa do setor de pecuária
As autoridades começaram a ampla investigação contra o suspeito após uma empresa do setor da pecuária na Argentina relatar o sumiço de valores em sua conta bancária.
A empresa, que não teve seu nome divulgado, tem sede na cidade de Pilar, na região de Buenos Aires. Ao que tudo indica, o hacker realizou uma operação de Sim Swap e conseguiu autenticar na conta bancária da empresa, esvaziando os valores com a identidade de um gerente.
Com a investigação ainda em curso, as autoridades acreditam que há uma organização criminosa envolvida com o ataque hacker. Assim, o jovem de 23 anos preso pode não ser o principal responsável pelo crime, mas um dos participantes da fraude.
Vale lembrar que, normalmente, o sequestro de bens e dinheiro é autorizado por um mandado judicial que determina quais ativos podem ser apreendidos. Os bens, criptomoedas e o dinheiro apreendidos ficam sob custódia do Estado até que o processo judicial seja concluído.
Se, ao final do processo, for comprovado o envolvimento dos suspeitos em atividades criminosas, os bens e o dinheiro podem ser confiscados definitivamente, passando a integrar o patrimônio do Estado ou podendo ser destinados a fins específicos, como a reparação de vítimas ou investimentos em programas de combate ao crime.