Cruciais para o desenvolvimento de apps e tecnologias cotidianas, os profissionais que atuam como desenvolvedores, ou “devs”, tornaram-se alguns dos mais requisitados, e escassos do mundo. Na área de blockchain, o “irmão mais novo” do grupo de tech, essa é uma realidade latente. Falta desenvolvedor blockchain no mercado.
Em Hong Kong, o governo local, entusiasta de cripto e web3, estima que serão necessários 100 mil novos profissionais para desenvolver o ecossistema local até 2030.
No mundo, o déficit de profissionais de TI como um todo, beira os 40 milhões, crescendo em um ritmo frenético.
Um dos países com regulação mais favorável à cripto no mundo, o Brasil saiu na frente para solucionar o problema, ao menos dessa vez.
O MEC autorizou o primeiro curso de pós-graduação em Desenvolvedor Blockchain do Brasil. O curso, que você pode conferir clicando AQUI, é uma parceria entre a Crypto EdTech BlockTrends e a universidade paulista UniFECAF.
Salários “astronômicos”
Recentemente uma matéria abordando os salários de engenheiros e desenvolvedores na Netflix tornou-se viral. O motivo? A empresa de streaming anunciou que irá gastar neste ano US$980 mil com cada profissional de tecnologia.
Para o CEO do BlockTrends, João Paulo Mayall, a realidade de escassez neste mercado é uma questão urgente, segundo ele “Há uma demanda global por profissionais de tecnologia, que se reflete também na área de cripto e blockchain”.
Nesse sentido, Armando Dutra, o CTO da Vórtx QR Tokenizadora, e um dos professores do curso de pós-graduação em Desenvolvedor Blockchain, complementa “a concorrência com o mercado internacional tem sido implacável. Bons profissionais formados por aqui, encontram uma demanda global. Isso obriga as empresas brasileiras a pagarem mais aos profissionais, ou ficar a ver navios”.
A pós-graduação conta com um exemplo vivo dessa questão. Pedro Argento, também um dos professores, lidera o time global da blockchain Cartesi, que continua a morar no Brasil. O curso conta ainda com outro velho conhecido do mundo cripto, Rafael Izidoro.
Fundador e CEO da Rispar, uma fintech que realiza empréstimos em Real com colateral em Bitcoin, Izidoro é um dos pioneiros em DeFi no Brasil, tendo um background de tecnologia desde a graduação em ciência da computação.
Sobre o curso
Com 360h, a pós-graduação oferecida pela UniFECAF, garante além da certificação junto ao Ministério da Educação, os componentes necessários para o aluno atuar em áreas diversas.
Segundo Leandro Ortunes, diretor acadêmico da instituição, o intuito foi “responder a uma demanda do mercado”. Na última semana, em evento da Febraban, a escassez de profissionais na área de desenvolvedor Blockchain, também foi pauta. Segundo Luiz Fernando Lopes, diretor de plataformas digitais da Tecban, faltam profissionais aptos a trabalhar em Solidity.
O curso de pós-graduação, conta com módulos específicos para programação em Solidity, mas segundo os organizadores, trata “do básico ao avançado”.
Nesse sentido, os módulos iniciais abrangem aulas sobre “o que é Blockchain”, ou ainda, “o que é Solidity”. Em suma, o aluno é apresentado aos conceitos, além da prática. Há, por exemplo, um módulo inteiramente dedicado à construção de um smart contract.
O curso compõe a grade regular da Universidade, que irá ofertar ainda 2 cursos de extensão. Em ambos os casos, os cursos compreendem parte do material total, servindo para os alunos interessados em questões mais específicas, ou mesmo que não possuam graduação, mas desejam se qualificar para atuar no mercado.
Disponível com uma oferta de lançamento no valor de R$971, os detalhes da pós-graduação em Desenvolvedor Blockchain podem ser encontrados AQUI.