A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira (11), em Boa Vista, a Operação Aureus, com o objetivo de cumprir mandados de busca e apreensão e de sequestro de bens de uma suposta organização criminosa envolvida em crimes de contrabando de ouro e lavagem de dinheiro.
As investigações foram iniciadas em 2020, após a prisão em flagrante de uma pessoa que transportava barras de ouro, num total de 11.217 kg, assim como US$ 4,2 mil em um compartimento escondido em uma bolsa de mão.
Com o aprofundamento das apurações, foi possível observar a existência de uma suposta organização criminosa que gerou uma grande variedade de movimentações financeiras, envolvendo pessoas físicas e jurídicas ligadas ao contrabando de ouro, além de empresas de criptomoedas.
Investigações da PF contra contrabando de ouro começaram quando mulher voltava a pé da Venezuela pela fronteira do Brasil
De acordo com informações divulgadas pelo G1 Roraima, em agosto de 2020, as investigações começaram quando uma mulher foi flagrada portando 4,2 mil dólares em um fundo falso de uma bolsa, que continha ainda mais de 11 kg de ouro em barra.
Na ocasião, ela voltava a pé da Venezuela pela fronteira com o Brasil, às 7 da manhã. Ela foi abordada em Pacaraima, no norte de Roraima, e devido ao material em sua posse acabou sendo presa pelo crime de contrabando de ouro. A pena para estes casos pode chegar até 5 anos.
Já na operação desta quinta, a PF segue no combate ao contrabando de ouro no Brasil, e conduziu buscas em endereços de suspeitos. A polícia federal não divulgou quantos agentes e viaturas disponibilizou na ação.
Além disso, a Polícia Federal não divulgou os nomes das empresas de criptomoedas envolvidas com os crimes de contrabando de ouro e lavagem de dinheiro cometida pela organização criminosa.
De qualquer maneira, a PF divulgou que o grupo suspeito movimentou quantias acima de 40 milhões de reais com suas atividades criminosas.
PF de olho em movimentações de criptomoedas nas fronteiras brasileiras
Na última quarta-feira (10), a Receita e PF conduziram outra operação contra uma quadrilha que movimentava criptomoedas para importação ilegal de produtos ilegais dos Estados Unidos e Paraguai. Autoridades indicaram que mais de 1,6 bilhão de reais foram movimentados pelos suspeitos.
Ambas as operações mostram então que as fronteiras brasileiras estão bem monitoradas, e que crimes de vários tipos estão na mira da polícia federal, mesmo quando os criminosos tentam movimentar valores em criptomoedas para possivelmente fugir da cobrança de impostos.