Na última semana, a Drug Enforcement Administration (DEA) dos EUA e o Ministério da Proteção ao Cidadão da República Helênica presidiram a 38ª Conferência Internacional Anual sobre Repressão às Drogas (IDEC) na Grécia, citando até o tema das criptomoedas.
O congresso, que ocorreu entre os dias 24 e 26 de setembro de 2024, contou com a participação de membros de 130 países.
Conforme anúncio para imprensa, o evento “Além das Fronteiras: Expandindo Parcerias Globais“, tinha o objetivo de discutir maneiras inovadoras de expandir a cooperação internacional com foco no tema da conferência deste ano.
DEA diz que as criptomoedas avançaram, e diz que novas redes complexas de lavagem de dinheiro são um desafio
Este evento focado em soluções serviu como uma plataforma para discutir o avanço das tecnologias. Assim, o encontro abordou a expansão de parcerias estratégicas para melhorar os esforços de combate à lavagem de dinheiro, enfatizando como as criptomoedas estão se tornando um desafio nas investigações financeiras.
Além disso, o evento destacou as ameaças emergentes relacionadas ao uso de criptomoedas no tráfico de drogas, incluindo a evolução das drogas sintéticas e as complexidades associadas a essas transações financeiras globais.
“O tráfico de drogas não conhece fronteiras e continua sendo uma questão crítica para todas as nações representadas na IDEC. Redes criminosas globais de drogas operam sem consideração por fronteiras geográficas ou pelo estado de direito, e derrotá-las requer um esforço mundial unido e coordenado. A DEA tem orgulho de fazer parceria com os países representados aqui para salvar vidas e tornar comunidades ao redor do mundo mais seguras“, disse a administradora da DEA, Anne Milgram. “A IDEC reúne líderes influentes da aplicação da lei de drogas que estão comprometidos em construir relacionamentos estratégicos e expandir a cooperação global. Quero agradecer ao Governo da Grécia, ao Ministério da Proteção ao Cidadão e à Polícia Nacional Helênica por sua hospitalidade e parceria de longa data.”
O Ministro da Proteção ao Cidadão, Michalis Chrisochoidis, destacou a excelente cooperação entre a DEA e as autoridades gregas no combate eficaz às redes criminosas de tráfico de drogas e enfatizou a cooperação internacional e a interoperabilidade como princípios chave para combater grupos muito difíceis, fortes, grandes e fechados do crime organizado. Ele descreveu esses princípios como “os pilares sobre os quais devemos construir, melhorar e fortalecer para erguer uma barreira contra essas redes criminosas internacionais“.
O chefe da Polícia Helênica, tenente-general Dimitrios Mallios, enfatizou a “importância primordial da cooperação internacional, da troca oportuna e precisa de inteligência operacional, do compartilhamento de melhores práticas, descobertas e informações estratégicas sobre as metodologias em evolução das redes criminosas, bem como da construção de confiança e vínculos entre os agentes da lei, que são chamados, em última instância, para avaliar a inteligência, planejar e operar em campo, com o objetivo comum de desmantelar organizações criminosas globais de tráfico de drogas“.
Tráfico de drogas no Brasil também tem se mostrado ligado ao tema das criptomoedas
Vale o destaque que o Brasil tem realizado esforços no combate ao tráfico de drogas e já encontrou algumas ligações com às criptomoedas.
Em julho de 2024, por exemplo, a polícia civil de São Paulo descobriu uma mineradora de bitcoin em operação contra o tráfico de drogas, e apreendeu todos os equipamentos.
Ainda que este seja um caso isolado, mostra que a DEA nos EUA já encontra ligações entre transações financeiras com criptomoedas e o tráfico no país.