Empresa de criptomoedas que opera no Brasil tem dados de clientes vazados na internet

Em nota, a empresa afirmou que já comunicou serviços de proteção de dados nos Estados Unidos e na Europa, mas ainda apura as informações de clientes afetados em outros países.

Uma empresa de criptomoedas chamada Transak, que opera em mais de 162 países, inclusive no Brasil, confirmou nesta segunda-feira (21) o vazamento de informações pessoais de 92.554 clientes na internet.

No Brasil, a empresa opera com suporte à AstroPay, Visa, Mastercard, Apple Pay e Google Pay, além de processar transações via Pix. Com suporte a saques, a empresa opera no país em parceria com a Visa.

Na região da América do Sul, a empresa declara publicamente dar suporte além do Brasil ao Chile, Colômbia, Malvinas, Guiana Francesa, Paraguai, Peru, Suriname e Uruguai.

Empresa de criptomoedas Transak sofre problemas e vaza dados de mais de 92 mil usuários
Empresa de criptomoedas Transak sofre problemas e vaza dados de mais de 92 mil usuários. Fonte: Transak, acesso em 21/10/2024.

No entanto, ainda não está claro se clientes brasileiros também tiveram seus dados divulgados publicamente, visto que a empresa ainda apura o incidente cibernético.

Transak sofre incidente cibernético e vaza dados de clientes

A Transak declarou que a segurança e privacidade de seus usuários é um ponto importante do negócio. Por isso, divulgou um relatório inicial de um incidente de segurança recentemente descoberto.

Conforme a nota, os 92.554 clientes que tiveram seus dados vazados corresponde a 1,14% da base de usuários. Além disso, após a detecção do problema, eles iniciaram um procedimento para conter a violação, proteger os sistemas e informações dos usuários.

Mais importante, nenhuma informação financeiramente sensível ou crítica foi comprometida“, diz a Transak em nota.

Os dados vazados ocorreram após uma invasão hacker ao sistema de Conheça seu Cliente (KYC), que conseguiu roubar Nomes, Datas de Nascimento, Documentos de identidade como passaportes e carteiras de motoristas, por exemplo, além de selfies dos usuários verificados.

O problema ocorreu após um funcionário da empresa entrar na mira de um ataque phishing, que segundo a Transak ocorreu de forma sofisticada. No entanto, maiores detalhes sobre o caso ainda não estão públicos.

Corretoras que utilizam a solução são a Bitcoin.com, BYDFi, Changelly, Lbank e Change Now. Já as carteiras que integram a solução são a MetaMask, Trust Wallet, Coinbase Wallet, Ledger, Zengo e BitPay.

“Não perdemos os fundos de nenhum usuário”, diz empresa

A Transak afirmou publicamente que já comunicou os órgãos de proteção de dados do Reino Unido, da Europa e dos Estados Unidos sobre o incidente. Dados de outros países ainda estão sob apuração, ou seja, o Livecoins não conseguiu apurar ainda se dados de brasileiros também vazaram.

De qualquer forma, a empresa alega que reforçou suas medidas de segurança, e que já comunicou aos clientes afetados via e-mail. Assim, investidores de criptomoedas que não receberam um e-mail ainda podem não estar na lista de afetados.

Além disso, a Transak lembrou que opera uma plataforma de criptomoedas e moedas fiduciárias não custodial. Na prática, isso significa que nenhum fundo de clientes fica em posse da empresa, não tendo comprometimento destes ativos no novo incidente.

A Transak opera como uma plataforma totalmente não custodial, o que significa que os fundos dos usuários — sejam fiduciários ou criptomoedas — nunca são mantidos por nós e, portanto, permanecem completamente seguros e não afetados por nenhum ataque desse tipo. Os usuários mantêm controle total sobre seus ativos o tempo todo, garantindo que nenhum fundo esteja em risco“, diz em nota.

Por fim, a empresa pede que todos os seus clientes afetados permanecerem vigilantes e monitorarem atividades suspeitas. Em caso de dúvidas ou suporte, a empresa colocou o e-mail security@transak.com a disposição do público em geral.

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.

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