Bitcoin vai cair? Índice de medo e ganância sugere queda

O índice de medo e ganância do Bitcoin, usado para medir o sentimento do mercado, chegou a marca de “84” nesta quarta-feira (13), apontando para “ganância extrema”. Muitos investidores usam essa métrica para encontrar topos e fundos do mercado.

Ou seja, quando ela está em “medo extremo”, isso é um sinal de que o preço do Bitcoin está barato. Já na “ganância extrema”, isso mostra que o mercado está com excessos e poder ser uma boa hora para realizar lucros.

Em março deste ano, tal índice chegou a marca de “90”. Apenas nove dias depois, o Bitcoin atingiu sua antiga máxima histórica de US$ 73.800 e então recuou, passando meses lateralizando.

Antes disso, a ganância chegou a “84” em 9 novembro de 2021. Um dia depois, o Bitcoin bateu seu recorde de US$ 69.000 e entrou em um forte mercado de baixa que perdurou até o início desse ano.

Essas foram as duas últimas vezes em que o nível de ganância esteve maior que o atual. Embora não seja uma métrica perfeita, ela pode ajudar investidores.

“O medo extremo pode ser um sinal de que os investidores estão preocupados demais. Isso pode representar uma oportunidade de compra”, aponta o site do indicador. “Quando os investidores ficam gananciosos demais, isso significa que o mercado está propenso a uma correção.”

Índice de medo e ganância do Bitcoin chega a “84”, indicando topo. Fonte: Alternative.me.
Índice de medo e ganância do Bitcoin chega a “84”, indicando topo. Fonte: Alternative.me.

O contrário também acontece. Como exemplo, o índice apontou para “medo extremo” em julho desse ano, seu menor nível desde a falência da FTX. Na data, o Bitcoin estava cotado na faixa dos US$ 55.800, um de seus menores preços do ano.

Quem comprou nessa ocasião e ainda segura suas moedas, está com um lucro de 65% em pouco mais de quatro meses.

O que é considerado nesse índice de medo e ganância do Bitcoin?

O índice de medo e ganância de Bitcoin do site alternative.me é composto por diversos dados, cada qual com seu peso.

  • Volatilidade (25%), que representa grandes variações nos preços.
  • Volume e momento do mercado (25%), que mede o interesse no mercado.
  • Redes sociais (15%), que reúne informações de sites como Twitter.
  • Pesquisas (15%), atualmente pausadas.
  • Dominância (10%), que mede a força do Bitcoin frente a outras criptomoedas.
  • Tendências (10%), que incluem dados do Google Trends, outro sinal de como está a demanda do mercado.
Índice de medo e ganância do Bitcoin disponibilizado pelo site alternative.me é um dos mais antigos e usados do mercado. Atualmente, o índice aponta para “ganância extrema”.
Índice de medo e ganância do Bitcoin disponibilizado pelo site alternative.me é um dos mais antigos e usados do mercado. Atualmente, o índice aponta para “ganância extrema”.

Outro site que passou a disponibilizar essa ferramenta foi o CoinMarketCap. No entanto, o CMC avalia o sentimento de todo o mercado, não apenas do Bitcoin.

De qualquer forma, tal índice também aponta para um excesso atual, chegando a marca de 88 de 100.

Índice de medo e ganância do mercado de criptomoedas, exibido pelo CoinMarketCap, também aponta para ganância extrema. Fonte: CoinMarketCap.
Índice de medo e ganância do mercado de criptomoedas, exibido pelo CoinMarketCap, também aponta para ganância extrema. Fonte: CoinMarketCap.

Embora não tenha dados tão antigos quanto o índice do alternative.me, o CMC também mostra que a última vez que o mercado chegou a este nível de ganância foi em março de 2024, durante o antigo ATH do Bitcoin. Na mesma página, o site também exibe informações sobre “temporada de altcoins” e “dominância do Bitcoin”.

Por fim, vale lembrar que embora o Bitcoin tenda a apresentar correções de preço, a tendência no longo prazo é sempre de alta devido a sua escassez. Portanto, é necessário tomar cuidado para não vender suas moedas por um preço mais baixo do que pagará no futuro.

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Henrique HK
Henrique HKhttps://github.com/sabotag3x
Formado em desenvolvimento web há mais de 20 anos, Henrique Kalashnikov encontrou-se com o Bitcoin em 2016 e desde então está desvendando seus pormenores. Tradutor de mais de 100 documentos sobre criptomoedas alternativas, também já teve uma pequena fazenda de mineração com mais de 50 placas de vídeo. Atualmente segue acompanhando as tendências do setor, usando seu conhecimento para entregar bons conteúdos aos leitores do Livecoins.

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