Um deputado da Argentina em Buenos Aires, Martín Yeza, apresentou um novo projeto de lei para que o país possa comprar bitcoin e minerar a moeda digital no futuro.
O novo projeto de lei contou com ajuda do programador blockchain Santiago Siri, conhecido na comunidade Ethereum latina e mundial. Há dez anos, Siri recomendou que o banco central argentino comprasse bitcoin como parte de sua reserva.
Na ocasião, cada bitcoin valia apenas US$ 620,00 por unidade. Assim, se a Argentina tivesse comprado 280 milhões de dólares teria adquirido em torno de 450 mil BTCs, sem considerar a alta advinda da compra, é claro.
De qualquer forma, como cada bitcoin ultrapassou US$ 91 mil nesta quinta-feira (14), e considerando que o BCAR tivesse 450 mil BTCs, hoje sua reserva valeria mais de 40 bilhões de dólares. Ou seja, um retorno superior a 14.000% em dez anos, algo que nenhum outro ativo argentino tem hoje.
Vale lembrar que, embora o Brasil tenha aprovado projetos de lei para regular as corretoras de criptomoedas, nenhuma iniciativa prevê a compra de bitcoin ou mineração no país.
Assim, a Argentina pode se tornar o segundo país da região a realizar tal movimentação, uma vez que a Venezuela foi o primeiro. Ambos os países são os maiores prejudicados pela alta inflação na América Latina nos últimos anos.
Comprar e minerar bitcoin pode se tornar realidade no Banco Central da Argentina, entenda o projeto de lei
O Livecoins obteve acesso ao novo projeto de lei na Argentina que poderá tornar o país bitcoiner legalmente. Na apresentação, Martín Yeza deixa claro que o BCAR poderá ter divisas externas, ouro, bitcoin e outros ativos externos como parte de sua reserva.
A nova reserva com bitcoin tem que ter uma condução transparente, com prova de reservas públicas, para acompanhamento do mercado sobre a situação. Além disso, coloca o banco central argentino como minerador oficial de bitcoin no mundo, atuando para segurança da rede.
Vale lembrar que nos últimos dias, um artista colocou em funcionamento equipamentos de mineração de bitcoin dentro do BCAR. Contudo, agora o novo projeto de lei espera tornar o que antes se apresentou como projeto artístico em um nacional para um futuro próspero de seu país.
Ainda em fase inicial, o projeto de lei tem que contar com aprovação e sanção presidencial. Vale o destaque que o presidente Javier Milei é um dos maiores críticos do BCAR, e já defendeu publicamente o bitcoin como moeda.
“Há 10 anos Santiago Siri escreveu uma nota propondo que o Banco Central Argentino pudesse ter 1% de suas reservas em Bitcoin, naquela época seriam 280 milhões de dólares e teria comprado 452.000 Bitcoins que hoje seriam quase 37 bilhões de dólares. Com o nosso projeto de lei, o banco central não só poderia acumular Bitcoin, mas também poderia minerar em algumas províncias onde há muitas vantagens estratégicas para fazê-lo e acumular Bitcoin a um custo muito baixo.”
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