Brasileira de Goiás perde dinheiro via Pix acreditando que investia em criptomoedas e processa bancos

No processo, cliente alega que as instituições financeiras falharam em proteger, mas bancos conseguiram comprovar que ela quem efetuou as transações

Uma brasileira moradora de Goiânia, capital do Estado de Goiás, ingressou na justiça contra vários bancos, após enviar R$ 15.944,00 para golpistas, que afirmavam em redes sociais conduzirem investimentos em criptomoedas.

Acreditando na possibilidade de rentabilizar seus investimentos, a investidora amadora enviou valores para três contas em março de 2024. Contudo, ao perceber que caiu em um golpe, ela pediu ajuda dos bancos para reaver os valores.

Ao todo, ela enviou valores para os golpistas de contas no Itaú, Santander e Nubank. No caso do Nubank, que representa o maior prejuízo, a brasileira efetuou um empréstimo bancário de R$ 8.664,00.

Golpistas prometeram retornos financeiros com criptomoedas para brasileira, mas pediram o envio de Pix para contas bancárias

A brasileira então ingressou na justiça pedindo a condenação dos bancos por ela sofrer um golpe financeiro. O golpe consistia em “tarefas” para se obter recompensas, com abordagem de um perfil no Telegram.

Exsurge dos autos que a autora apelante em 28/03/2024, (…) recebeu uma mensagem via aplicativo Telegram, ao qual Isabela Souza, suposta colaboradora da empresa Cheil Brasil, havia encontrado seu contato no LinkedIn, e a parte requerente havia sido selecionada para um trabalho home office“, diz a autora no processo.

Para conseguir o trabalho, ela teria de cumprir determinadas tarefas que lhe renderiam comissões em sua conta bancária. Algumas tarefas, no entanto, consistiam em a mulher enviar valores em Pix para contas, sendo três transações solicitadas, uma de R$ 400,00, uma de R$ 1.460,00 e outra de R$ 5.100,00.

Os valores depositados nas contas passariam por rentabilizações, quando a investidora pediu os saques. Neste ponto, um suposto gerente lhe abordou alegando que ela havia realizado uma operação de forma errada, com os valores todos bloqueados.

Para reparar o erro de operação seria necessário depositar o valor total que havia aplicado até o momento, que totalizava a quantia de R$ 8.664,00, e com isso seria devolvido o valor total aplicado com a comissão, totalizando a quantia de R$ 24.200,00“, narrou a autora.

Ao sofrer pressões do suposto gerente, foi o momento em que contraiu um empréstimo bancário para tentar liberar o seu saldo, aumentando o prejuízo.

Na justiça, bancos conseguiram comprovar culpa da investidora, que terá de pagar as custas processuais

Ao acionar os bancos na justiça, a cliente das instituições pediam a condenação das instituições por falharem em proteger ela de cair em golpes.

Contudo, os bancos conseguiram comprovar que ela quem enviou os valores por sua conta, sem indícios de invasões hackers. Assim, a justiça concedeu decisão favorável aos bancos.

Ela chegou a recorrer da decisão, mas conforme apurado pela reportagem nesta sexta-feira (9), a brasileira alvo de golpistas teve novamente seu pedido negado, tendo agora de pagar todas as custas processuais por perder a ação.

 

Trecho de processo em que mulher de Goiás perdeu dinheiro acreditando que estava investindo em criptomoedas
Trecho de processo em que mulher de Goiás perdeu dinheiro acreditando que estava investindo em criptomoedas (Livecoins)

O caso mostra que os golpistas sofisticaram a abordagem a vítimas, com falsas promessas de investimentos agora em redes sociais.

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.
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