O governo da Argentina sofreu duas invasões neste final de semana para promover criptomoedas suspeitas. Além de um site do Ministério da Saúde, os golpistas também hackearam o perfil da Polícia Federal do país no X.
Em nota, tanto o Ministério da Saúde quanto a PFA disseram que estão investigando os incidentes e prometeram punir os responsáveis pelos ataques.
Governo argentino sofre ataque cibernético para promover criptomoedas
Conforme os dois ataques ocorreram simultaneamente, é possível que eles tenham partido do mesmo grupo. No entanto, duas criptomoedas diferentes foram promovidas pelos hackers.
A primeira se chama “Sommer Token”. Em um site do governo argentino, o token era apresentado como “a moeda digital oficial da Argentina”.
“Uma iniciativa revolucionária do Governo Nacional para estabilizar a economia, combater a inflação e democratizar o acesso às finanças digitais para todos os argentinos”, apontava o texto dos golpistas.
Indo além, o falso comunicado também apontava que a moeda era “100% apoiada pelo governo” e promovia um airdrop de 1.000 tokens.
Já no perfil da Polícia Federal da Argentina no X, antigo Twitter, foi invadido para promover uma criptomoeda chamada MIRA.
O tuíte, já deletado, mostrava um vídeo de 34 segundos apresentando a moeda.
“A confiança tem um token”, dizia o vídeo. Assim como no caso anterior, os golpistas também promoveram um falso airdrop da moeda em questão.
⚠️Hackean hace menos de una hora la cuenta de X de la @PFAOficial Policía Federal Argentina, promocionando el token $MIRA 🫠#cripto #ciberataque pic.twitter.com/1rmw1USzuE
— Emi Garzon (@soyEmilseGarzon) September 26, 2025
O que dizem as autoridades argentinas?
Em nota, a Polícia Federal Argentina afirmou que conseguiu recuperar seu perfil devido aos protocolos de segurança. Indo além, prometeu punir os responsáveis pela ação.
“A Polícia Federal Argentina informa que a conta oficial desta instituição na rede social X foi alvo de um ataque cibernético internacional, cujo propósito foi manipular a identidade institucional e difundir mensagens indevidas.”
“O caso já foi judicializado e estão sendo tomadas todas as medidas necessárias para identificar e sancionar os responsáveis conforme a lei”, continua o texto.
Já o Ministério da Saúde aponta que o site atacado “é antigo e está fora de uso há anos”. Assim como a PFA, também prometeram identificar e punir os responsáveis.
“Informa-se que é falso o site que está circulando do Hospital Sommer promovendo uma criptomoeda.”
“Vamos investigar e denunciar o fato. Iremos até as últimas consequências para identificar os responsáveis e levá-los à Justiça”, disse o perfil.
Críticos do presidente argentino Javier Milei aproveitaram a oportunidade para relembrar o caso da criptomoeda Libra, um escândalo que aconteceu no início do ano.
