A Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) participou do simpósio internacional ISE 2025 em Fortaleza. O evento ocorreu nos dias 27 e 28 de novembro com foco em estratégias energéticas.
A programação reuniu especialistas para debater a inovação científica e os desafios do setor. O tema principal do encontro envolveu a otimização da energia renovável e a eficiência sustentável.
Os painéis abordaram tópicos essenciais como infraestrutura energética resiliente e armazenamento de energia. O uso de inteligência artificial e blockchain no mercado de energia recebeu destaque especial na pauta técnica.
Projetos estratégicos e microrreatores brasileiros
A CNEN apresentou que o simpósio debateu os avanços na fusão nuclear e o projeto do Reator Multipropósito Brasileiro. Os participantes discutiram também o desenvolvimento de tecnologias para o microrreator nuclear nacional.
As aplicações estratégicas para a indústria e ciência integraram o escopo das apresentações técnicas. O planejamento energético sustentável norteou as discussões sobre o desenvolvimento tecnológico do país.
Francisco Rondinelli Júnior, presidente da CNEN, reforçou o papel da energia nuclear nesse cenário. Ele destacou a busca por soluções avançadas para uma matriz mais segura e eficiente.
“O encontro trouxe como tema central a busca por soluções avançadas para uma matriz energética mais eficiente, sustentável e segura. Nesse cenário, a energia nuclear tem um papel fundamental, seja na pesquisa, na inovação, na segurança energética ou no desenvolvimento tecnológico do país“, declarou Rondinelli.
Blockchain elevaria segurança de dados nucleares
A tecnologia blockchain atua como um sistema de registro descentralizado e imutável para transações digitais. Assim, a ferramenta permite o rastreamento preciso de materiais e dados em toda a cadeia produtiva.
A aplicação dessa rede garante que o histórico de operações permaneça auditável e transparente. A criptografia avançada protege as informações sensíveis do setor energético contra alterações indevidas ou fraudes.
O uso de registros distribuídos pode modernizar a gestão de ativos e contratos no mercado de energia. A inovação oferece uma camada extra de segurança cibernética para infraestruturas críticas e complexas.
Os campos de interesse da área nuclear não se limitam, no Brasil, ao desenvolvimento de tecnologias relacionadas com a geração de energia elétrica e ao funcionamento e operação das termonucleares.
Desse modo, a CNEN diz que mantém atividades de pesquisa, desenvolvimento, inovação, ensino e planejamento, atuando em parceria com diversos setores que mantêm interação com a área nuclear. Contudo, ainda não está claro se o órgão público planeja utilizar a tecnologia no futuro próximo.
