O BC (Banco Central) anunciou nesta quarta-feira (19), em São Paulo, o lançamento do Pix, o novo sistema de pagamentos instantâneos da autarquia.
A plataforma, que vai permitir transações P2P, B2B ou B2P em até 10 segundos por meio do celular, ficará disponível em todo o Brasil a partir do dia 10 de novembro deste ano.
No evento de lançamento, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, disse que a novidade é uma resposta à nova economia digital, marcada pelo uso de bitcoins e outras criptomoedas.
“O Pix veio de uma necessidade das pessoas de ter um instrumento de pagamento que seja ao mesmo tempo barato, rápido, transparente e seguro. Se nós pensarmos o que tem acontecido em termos da criação de bitcoins, criptomoedas e outros ativos criptografados, ela vem da necessidade de termos um instrumento com tais caraterísticas”, disse.
É um dos projetos mais importantes do Brasil, falou o presidente do BC
De acordo com Neto, o Pix é um dos projetos mais importante de 2020 para o Banco Central e para o Brasil. Isso porque, falou, vai ser um embrião da transformação da intermediação financeira futura do país.
“Ele vai unir o que a gente entende que é a nova forma de fazer meios de pagamentos”, falou.
Além disso, disse Neto, o novo sistema vai baratear os custos operacionais e os de transferência de dinheiro. “Vai ajudar a tirar das pessoas essa necessidade de ter dinheiro físico, pois isso gera um grande custo para a sociedade”.
Vai dar para pagar até conta de luz
O sistema vai permitir o pagamento entre recebedor e pagador – assim como ocorre por meio das wallets – sem a necessidade de intermediários.
Será possível, por exemplo, fazer transferências, comprar um café em uma padaria, adquirir um produto em um e-commerce ou mesmo pagar uma conta de luz.
“A liquidação da transação será feita em até 10 segundos e será possível fazê-la 24 horas por dia, sete dias por semana e 365 dias por ano”, disse o diretor de Organização do Sistema Financeiro e Resolução do BC, João Manoel Pinho de Mello.
De acordo com Mello, a plataforma, que deverá ser oferecida pelos bancos aos clientes, será aberta a todos os participantes do mercado, instituições de pagamento e outros agentes.
Como vai funcionar?
A transação por meio do Pix, segundo Mello, pode ser iniciada de muitas formas. Pode ser por meio de QR Codes – estatísticos ou dinâmicos -, uso de chaves de endereçamento, aproximação de celulares e outros.
No momento da transação, basta identificar o recebedor com CPF, número de celular, CNPJ ou outro. Assim que uma dessas informações for colocada na plataforma, todos os dados do recebedor/pagador serão mostradas na tela.
“A ideia é que seja tão fácil como bater papo em um chat”, disse Mello.
Veja imagens da apresentação: