A atual pandemia de coronavírus tem trazido efeitos devastadores para a economia de todo o mundo. Governos de diversos países estão adotando medidas emergenciais para ajudar seus cidadãos a sobreviver em meio a grande recessão que virá.
Dentro deste contexto, uma proposta do partido democrata dos EUA de auxílio para as pessoas chama a atenção por seu teor.
Nomeado como “Emergency Money for People Act”, o projeto propõe, basicamente, pagar 2 mil dólares por mês para todas as pessoas do país maiores de 16 anos.
A ideia foi apresentada na última terça-feira (14), pelos congressistas democratas Tim Ryan e Ro Khanna. De acordo com os parlamentares, a medida ajudaria a conter os efeitos negativos que o COVID-19 está trazendo para a população dos EUA. Mas para receber o auxílio, seria preciso preencher alguns requisitos.
A verba seria destinada para pessoas que recebem menos de 130 mil dólares por ano. Para casais que ganhem menos de 260 mil por ano, a ideia é o pagamento de 4 mil dólares.
Famílias com mais de três filhos receberão 500 dólares adicionais por cada um. Para os congressistas, as medidas se fazem necessárias visto que a previsão é de haver milhões de norte-americanos desempregados até o final da pandemia.
A repercussão da ideia dos democratas
A ideia é de que estes pagamentos dados pelo governo terminassem quando a taxa de emprego nos EUA chegasse a 60%. No último mês, o nível de desemprego no país subiu para 4,4%, quando mais de 20 milhões de trabalhadores se inscreveram para receber seguro-desemprego.
Com um aumento de 0,9% no período, trata-se de maior média mensal desde janeiro de 1975.
Não demorou até que figuras influentes começassem a repercutir a proposta dos congressistas.
Para Anthony Pompliano, co-fundador da Morgan Creek Digital, há um risco de que, no momento em que este benefício começar a ser distribuído, o governo não consiga parar de fornece-lo.
Sua opinião faz sentido, uma vez que vários países que adotaram práticas de distribuição emergencial de renda não conseguiram quebrar este ciclo posteriormente.
Levando em consideração a discussão sobre a Renda Básica Universal, novamente em voga após o surto provocado pelo coronavírus, este é um tema que requer uma discussão mais profunda.
De acordo com a ministra da economia da Espanha, Nadia Calvino, o país está empenhado em adotar esta medida. Porém, sua intenção é que este se torne um instrumento estrutural e permanente em todo o território. Basta ver se os EUA estão dispostos a fazer o mesmo.