Uma operação da PF ontem (16/07), prendeu um suspeito de tráfico internacional de drogas. O homem realizava operações com criptomoedas pela deep web, aponta as investigações da Polícia Federal.
Em um recente relatório produzido pela Chainalysis, foi desmistificado várias ferramentas utilizadas pelos usuários da darknet. Na maior parte dos crimes, associados com a deep web, as criptomoedas são os principais meios de pagamentos.
No Brasil, a Polícia Federal tem feito sua parte em investigar e prender suspeitos de cometer crimes pela internet, inclusive os internacionais.
PF prendeu suspeito de cometer crime de tráfico internacional de drogas com uso de criptomoedas
A Polícia Federal realizou nos últimos anos vários combates ao tráfico internacional de drogas no Brasil. Com diversas operações, que resultaram em prisões, a PF busca mitigar os problemas associados ao tráfico no país.
Uma operação na manhã da última quinta-feira, entretanto, chamou atenção. A PF conduziu um mandado de busca e apreensão contra um suspeito de cometer o crime de tráfico internacional de drogas, utilizando para isso a via postal.
As drogas comercializadas pelo suspeito eram encaminhadas da Europa para um endereço em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. A maior parte das drogas vinham principalmente da Holanda, e as remessas principais aconteceram entre 2017 e 2019.
As drogas eram provenientes da Europa, vindo principalmente da Holanda. As encomendas eram realizadas em sites especializados hospedados na Deep Web, com o pagamento feito em criptomoedas.
A Polícia Federal apurou que as compras feitas pelo suspeito eram realizadas em sites especializados da deep web. Dessa forma, os pagamentos pelas drogas eram feitos principalmente em criptomoedas.
Suspeito poderá pegar até quinze anos de prisão, caso condenado
Ao conduzir as investigações, a Polícia Federal conseguiu revelar a identidade do suspeito. Além disso, detectou que o referido, que não teve sua identidade divulgada ainda, já respondia por crime idêntico na Justiça Federal do Rio de Janeiro.
A Polícia Federal então solicitou um mandado judicial de busca e apreensão na 14.ª Vara Federal em Curitiba. Ao conseguir o mandado, a PF foi até a casa do suspeito e efetuou a prisão, que foi em flagrante.
Isso porque, junto do suspeito estavam comprimidos de ecstasy, selos de LSD e cristal (MDMA). Ao encontrar as drogas no local, o suspeito foi preso em flagrante. Caso seja condenado pela justiça poderá cumprir pena de até 15 anos de prisão e ainda ter que pagar multa.
Relatório recente aponta que serviços de postal anônimo é muito utilizado por traficantes internacionais
Em um recente relatório divulgado no dia 1 de julho, a Chainalysis apontou que várias ferramentas são utilizadas pela deep web. Uma delas, são serviços de postagens anônimas, que oferecem, principalmente, a traficantes internacionais uma proteção para sua identidade.
A Chainalysis ainda apurou que o uso de cartões SIM virtuais, serviços de VPN, hospedagem à prova de balas, são comuns nesses ambientes. Contudo, todos esses serviços também são frequentemente utilizados por pessoas que vivem em países com extrema censura e perseguição.
Dessa forma, o relatório apontou que, ainda que sejam utilizados por cibercriminosos, as ferramentas de anonimato, inclusive às criptomoedas, não devem ser condenados. O caminho seria, na visão da empresa, uma parceria entre os prestadores de serviços e as autoridades que precisam os fiscalizar.
Os serviços de anonimato desempenham um papel importante, principalmente para aqueles que vivem sob regimes autoritários, e as transações de criptomoedas que realizam não devem ser consideradas suspeitas por si mesmas. No entanto, esses serviços, por sua própria natureza, atraem criminosos cibernéticos. Por esse motivo, é crucial que os prestadores de serviços de anonimato, profissionais de conformidade e órgãos de segurança estejam equipados para trabalhar juntos na análise de pagamentos a essas empresas quando relevantes para investigações criminais.