Lançado primeiro ETF de Bitcoin Verde do Brasil (BITH11)

O ETF da hashdex irá buscar neutralizar as emissões de carbono decorrentes do investimento em Bitcoin arcando com a aquisição de créditos de carbono e investimentos em projetos neutralizadores.

Como já anunciado anteriormente, o fundo BITH11 está para ser lançado na B3, a bolsa brasileira. Não é o primeiro ETF de criptomoedas brasileiro, contudo, ele trás uma inovação: É um fundo verde.

Mas como isso funciona? Como um fundo de bitcoin pode ser verde? Isso é o que será explicado nesse artigo.

Impactos Ambientais do Bitcoin

Já há algum tempo está na mídia uma enorme discussão sobre os impactos ambientais decorrentes da consumo de energia da mineração do Bitcoin.

A discussão chegou ao seu ápice alguns meses atrás quando Elon Musk falou que a Tesla não irá mais aceitar bitcoins como forma de pagamento, devido ao enorme consumo de energia “poluente” do Bitcoin.

O enorme consumo de energia do Bitcoin é decorrente do processo de mineração. Basicamente, quanto maior o consumo de energia, mais segura à um ataque externo se torna a rede. A maior vulnerabilidade do Bitcoin é o famoso ataque de 51%, onde o atacante possui 51% da capacidade de processamento (e de energia elétrica) do restante da rede.

Atualmente, o Bitcoin consume mais energia do que diversos países. E é justamente esse o tipo de segurança que uma moeda global precisa: deve ser resistente à um ataque de escala continental.

Consumo de energia do bitcoin comparado à diversos países.

Recentemente vi um comentário interessante num vídeo do Visão Libertária: é natural que as coisas melhores consumam mais energia. Assim como carros gastam mais energia do que carroças, o Bitcoin gasta mais energia do que as moedas fiduciárias. Vamos voltar a usar carroças então porque elas são menos poluentes do que carros? Ou parar de usar smartphones porque eles gastam menos energia do que telefones com fio?

A solução do ETF de Bitcoin Verde

Apesar de eu não concordar que o consumo de energia do Bitcoin seja um problema, reconheço que muitas pessoas vejam isso como um problema. Por isso achei a solução do fundo BITH11 interessante.

O ETF da hashdex irá buscar neutralizar as emissões de carbono decorrentes do investimento em Bitcoin arcando com a aquisição de créditos de carbono e investimentos em projetos neutralizadores.

Dessa forma, ao comprar bitcoin através de um fundo como esse, você estará investindo em projetos que reduzem à emissão de carbono ao mesmo tempo em que investe em bitcoin.

Diferenças entre comprar Bitcoin diretamente e um ETF

Um ETF é uma ferramenta fantástica para investir. Contudo, devemos sempre levar em consideração as principais diferenças entre comprar Bitcoin diretamente e investir em um ETF.

O primeiro fato que devemos considerar é que ao comprar bitcoin diretamente, você é quem faz a custódia do seu dinheiro, sem nenhum intermediário. Isso tem muitos aspectos positivos, entre os quais:

  • seu bitcoin não pode ser confiscado ou ter o acesso bloqueado.
  • você pode transferir seu bitcoin para qualquer pessoa, em qualquer lugar do planeta a uma taxa baixa.
  • liquidez.
  • você pode levar com você para qualquer lugar que você for.

Contudo, ao comprar bitcoin diretamente, você é responsável pela segurança do mesmo e é necessário um conhecimento mínimo sobre como usar as chaves privadas.

Ao comprar um ETF você tem muitas comodidades, mas você perde os benefícios citados acima, pois quem faz a custódia do seu ativo é o gestor do fundo. Sempre é bom analisar os custos e os benefícios ao escolher como fazer o seu investimento.

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