Quem é BlackRock, a gestora de R$ 50 trilhões, e quanto possui de Bitcoin?

Em novembro de 2020, o Diretor de Investimentos Rick Rieder afirmou que criptos não iriam desaparecer, e que Bitcoin poderia eventualmente substituir o ouro.

9 trilhões de dólares. É difícil entender o tamanho desta bolada, afinal, são 143 Mega-Sena da Virada, ou 5 vezes tudo que é produzido em um ano no Brasil. Esta é a fortuna que administra a BlackRock, maior gestora de investimentos do mundo.

Considerada a “nova geração”, a empresa foi criada em 1988 em NYC, porém atualmente conta com escritórios em 30 países.

Após abrir capital na bolsa de valores em 1999, sua reputação cresceu tanto que chegou a ser contratada pelo governo dos EUA para ajudar a administrar ativos durante a crise de 2008.

Que produtos a BlackRock oferece?

A gestora é bastante conhecida por seus ETFs, os fundos que representam uma cesta de ativos. No Brasil, a BlackRock administra o iShares Ibovespa (BOVA11), além do iShares S&P500 Fundo de Investimento (IVVB11).

Além disso, oferece fundos tradicionais de títulos de dívida de empresas na China, imobiliários, de renda fixa, entre outros.

A BlackRock era contra o Bitcoin?

Em 2017, o CEO da BlackRock, Larry Fink, relacionou Bitcoin à lavagem de dinheiro, afirmando que esta era a única razão para uso dos criptoativos.

No ano seguinte, o tom já era menos negativo, afirmando que só iriam lançar um ETF de Bitcoin quando o setor ganhasse regulação.

Larry completou: “em última instância, terá que ser garantido por algum governo, pois nenhum país irá permitir o livre tráfego de valores sem fiscalização.”

Quando mudou o viés da empresa?

Em novembro de 2020, o Diretor de Investimentos Rick Rieder afirmou que criptos não iriam desaparecer, e que Bitcoin poderia eventualmente substituir o ouro.

Qual a visão da BlackRock sobre Bitcoin?

Em fevereiro de 2021 o Diretor de Investimentos Rick Rieder informou que a gestora estava realizando uma pequena imersão em Bitcoin, e que apesar da volatilidade, acreditava na função de proteção contra a inflação.

Os fundos aprovados pelo regulador SEC para compra e venda de contratos futuros de Bitcoin são “BlackRock Global Allocation Fund” e “BlackRock Funds V”. A última informação mostrava uma posição de cerca de 10 milhões de dólares em Bitcoin.

Quanto podem investir em criptos?

Primeiramente, grande parte da gestão é passiva, ou seja, apenas acompanha índices, por exemplo, Ibovespa ou S&P500.

Em seguida, há uma grande quantidade de fundos de renda-fixa, portanto não caberia uma alocação em criptomoedas. Por último, mesmo que o ETF de Bitcoin seja aprovado, existem limites de risco para fundos de ações e multimercados que impedem uma grande alocação.

De forma resumida, é irreal imaginar que mais de 10% ou 20% do valor administrado pela BlackRock possa ser investido em Bitcoin.

No entanto, mesmo que só 15% destes fundos aportem 1% cada, equivale a 5x a posição que a empresa Tesla possui em BTC.

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Marcel Pechman
Marcel Pechman
Marcel Pechman é trader e analista de criptomoedas desde 2017. Atuou como trader por 18 anos nos bancos UBS, Deutsche e Safra. Além de YouTuber em seu canal RadarBTC, foi reconhecido em diversas premiações como um dos maiores interlocutores do Bitcoin do país. Maximalista convicto, acredita na falência da moeda fiduciária, aquela emitida por governos.

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