Metaverso deixou de ser algo imaginário, que só acontece em cenários fictícios de filmes, para se tornar uma aplicação real. O próprio CEO da maior corretora de criptomoedas do mundo, Changpeng Zao, disse recentemente em sua conta no Twitter que o metaverso é realidade porque funciona em uma “economia real com dinheiro real”.
O que é metaverso?
As características básicas do que seria um metaverso consistem em um ambiente virtual, que se conecta com o mundo real e permite que as pessoas interajam entre si, por avatares e espaços virtuais.
São espaços regidos por uma mesma economia e os usuários podem migrar de um lugar para o outro utilizando os mesmos avatares e objetos que tinham no local anterior.
Assim como em reuniões virtuais, que acontecem pelo Zoom, os metaversos uniriam as pessoas em um mesmo ambiente virtual, utilizando tecnologias como realidade virtual aumentada e inteligência artificial.
Qual a relação do metaverso com as criptomoedas?
Atualmente as tecnologias envolvendo blockchains, os bancos de dados compartilhados, estão ganhando mais aplicações do que somente no uso das criptomoedas. Portanto, em um ambiente virtual, onde vários dados são registrados e compartilhados, uma tecnologia descentralizada e distribuída seria ideal para funcionar em espaços de metaverso.
Hoje as blockchains já conseguem se interconectar através de protocolos de comunicação, além disso, fazem a ponte entre o real e virtual utilizando os óraculos, aplicação comum em projetos de finanças descentralizadas (DeFi).
Os NFTs podem ajudar que os usuários obtenham avatares e itens em um lugar e usem em outros, afinal os NFTs possuem um certificado de propriedade dos ativos. Assim como projetos já existentes, cada espaço poderá desenvolver o próprio token, que funcionará na economia de cada universo.
Decentraland e The Sandbox
Os projetos de universos em NFT, como Decentraland e The Sandbox, são exemplos de como funcionaria um metaverso.
Decentraland é um mundo virtual que funciona baseado na blockchain Ethereum e tem o token próprio, chamado LAND. Dentro desse universo os usuários podem negociar lotes de terrenos com LAND ou MANA, além de poder fazer qualquer coisa com seu patrimônio, até mesmo organizar eventos no universo.
O mesmo acontece com o The Sandbox (SAND), o segundo maior projeto de metaverso em NFT, depois do Decentraland.
Os usuários que possuem os tokens MANA, da Decentraland e SAND, da The Sandbox podem, inclusive, participar do desenvolvimento desses metaversos. Sendo assim, os proprietários conseguem votar em atualizações políticas, leilões de terrenos e subsídios para novos desenvolvimentos dessas plataformas.
Facebook e Epic Games
Em um pronunciamento em junho, Mark Zuckerberg, CEO do Facebook, já havia falado do seu interesse em construir um metaverso. Há muito tempo a companhia já investia em realidade virtual e um dos objetivos de Zuckerberg é conectar pessoas em ambientes virtuais de trabalho, eliminando dificuldades geográficas.
No entanto, a Epic Games, com seu jogo carro-chefe, o Fortnite, já implementa soluções integrando o real e virtual, promovendo um ambiente de metaverso. A empresa já promoveu shows da cantora Ariana Grande e do DJ Marshmello dentro do jogo Fortnite. Além disso, recentemente a Epic Games levantou 1 bilhão de dólares em investimento para explorar soluções com metaverso.
Projeção de mercado
Atualmente o metaverso ainda é algo pouco explorado e gradualmente as empresas buscam estudar essa nova possibilidade de universo virtual. Facebook e Epic Games já começaram a adentrar nesse espaço, mas exchanges como OKEx já levantaram investimentos para explorar o metaverso e levar a indústria blockchain e uma nova era.
No entanto, os metaversos têm ganhado destaque nos últimos meses em relação aos outros ativos e aplicações existentes no criptomercado.
Somente no segundo trimestre de 2021, as vendas semanais de NFTs de metaversos alcançaram um valor de 8 milhões de dólares.
Além disso, do total de vendas de NFT, a categoria de metaverso fica em 3º lugar, apenas atrás de coleções digitais e artes.