Com a popularização dos criptoativos e a busca por retornos mais atrativos, cresce também a necessidade de cautela e informação. A advogada Gisele Truzzi, especialista em direito digital e CEO do escritório Tech Legal Advisory, destaca que o entusiasmo com o setor deve vir acompanhado de atenção redobrada às armadilhas financeiras.
Segundo Gisele, antes de confiar o dinheiro a qualquer empresa de investimentos, é fundamental verificar se ela possui autorização do Banco Central (BC) e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). “Além disso, é importante observar se os sócios da empresa são diferentes dos responsáveis pelas operações técnicas. O BC exige essa separação para evitar conflitos de interesse”, explica.

Outro ponto que merece atenção é o domínio do site da empresa. De acordo com a especialista, páginas terminadas em “.com” podem indicar hospedagem fora do país e dificultar a verificação de informações. Já domínios “.com.br” estão registrados no Brasil e permitem consulta pública no site Registro.br, onde é possível checar quem são os responsáveis pelo endereço.
Mesmo com a vigência do Marco Legal dos Criptoativos (Lei 14.478/2022), o mercado segue cercado de incertezas. “Diversificar é essencial.
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Não aplique tudo em um só lugar”, recomenda Gisele. A advogada também orienta que investidores busquem processos judiciais envolvendo a empresa, consultando os sites dos Tribunais de Justiça com o nome ou CNPJ da empresa investigada.
Para Gisele, investir em criptomoedas pode ser vantajoso, mas o risco é real. “Não existe promessa de lucro garantido. A chave é informação, cautela e responsabilidade”, conclui.