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O setor de stablecoins está ganhando a atenção não apenas do setor bancário, mas também de grandes varejistas americanos. Segundo fontes do The Wall Street Journal, gigantes como Amazon e Walmart estão analisando a oportunidade de lançar suas próprias moedas.
A emissão de stablecoins por essas empresas poderia ser comparada a oferta de cartões de crédito ou de carnês. Ou seja, uma segunda fonte de renda além das vendas de produtos.
Devido ao bom rendimento dos títulos do Tesouro, hoje Tether e Circle, emissoras da USDT e USDC, respectivamente, estão lucrando bilhões com suas operações.
Embora concorrência seja sinônimo de produtos e serviços melhores, a descentralização das stablecoins também pode ser vista como um desafio para o mercado.
Isso porque caso Walmart e Amazon lancem suas próprias stablecoins, é difícil acreditar que elas seriam amplamente aceitas em outros locais, dificultando seu uso pelo usuário final.
Já no mercado de criptomoedas, isso significa pouca liquidez.
Algumas corretoras de criptomoedas já tentaram agregar todas stablecoins em uma única moeda para evitar esse problema. No entanto, conforme cada uma tem seu próprio risco, a estratégia foi abandonada.
Em maio, o The Wall Street Journal já havia relatado que grandes bancos estavam se unindo para criar uma stablecoin. A lista inclui nomes como JPMorgan, Bank of America, Citigroup e outros.
Agora, além de Amazon e Walmart, o jornal também aponta que o Expedia Group e até mesmo grandes empresas áreas estejam analisando as oportunidades desse mercado.
O lado positivo é que essas empresas, principalmente as varejistas, poderiam cortar tanto gastos quanto tempo de liquidação de pagamentos. Isso vale tanto para transações entre suas lojas e consumidores como também entre lojas e fornecedores e, por fim, lojas e empregados.
Indo aos números, Amazon vendeu US$ 638 bilhões em 2024, Walmart registrou US$ 648 bilhões em vendas no mesmo período.
No total, estima-se que a Amazon tenha mais de 1,5 milhão de funcionários no mundo todo. Já o Walmart emprega cerca de 2,1 milhões de pessoas.
Portanto, é possível imaginar um grande ganho caso elas consigam se livrar das taxas dos cartões e bancos somente analisando os dados acima.
Somado a isso, as empresas poderiam investir o lastro dessas stablecoins em títulos do Tesouro para obter ainda mais receita, o que também explica o motivo de não usarem moedas já consagradas pelo mercado de criptomoedas.
Por fim, essas discussões giram em torno do chamado ‘Genius Act’, um projeto de lei americano que visa regular esse setor, atualmente em análise pelo Senado.
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