Apesar de queda, Bitcoin “morreu” menos vezes em 2022

Segundo site que registra óbitos da moeda digital, são quase 500 afirmações que indicariam o "fim do bitcoin".

Segundo um levantamento do Livecoins, no site “Bitcoin Obtuaries“, o bitcoin morreu 42% menos em 2022 na comparação com 2021, com a moeda digital sendo declarada morta 47 vezes pela mídia no ano passado.

Desde 2010, quando começaram os registros sobre as “mortes” do bitcoin, já foram 467 artigos em grandes sites que disseram que o bitcoin morreu.

Vale lembrar que em 2009, o bitcoin estava em seu primeiro ano e não há registros negativos na história.

Bitcoin morreu 42% menos em 2022 na comparação com 2021

A última morte do bitcoin em 2022, registrada após a fala do Banco Central Europeu, indicava que o Bitcoin passa pela sua fase final de vida, ao caminhar para a irrelevância.

O novo óbito foi registrado no Bitcoin Obituaries, que aponta 27 falas em 2022 que indicam o fim da tecnologia.

Todas as falas registradas no site são em inglês, desconsiderando assim falas em outros idiomas. Além disso, apenas discursos que apontam o fim iminente do bitcoin estão registrados, com expressões como ‘talvez’ ou ‘poderia’ ficando de fora do obituário.

Como em 2021 a comunidade registrou 47 discursos do fim do bitcoin, a queda em 2022 é de 42%. Ou seja, tudo indica que o ano foi mais otimista quanto aos discursos de ódio para a tecnologia, apesar das quedas em relação ao Dólar.

Uma das falas registradas em 2022, por exemplo, foi de Mark Dow, autor do blog Behavioral Macro. Segundo ele, quando o bitcoin ainda valia US$ 19 mil em setembro, pessoas se agarravam na esperança de a tecnologia ainda pudesse ser alguma coisa, enquanto já havia acabado.

“Ainda há tantos caras por aí se agarrando a qualquer esperança semiplausível de que bitcoin não seja um experimento fracassado até agora, que ainda possa ser uma coisa, que um caso de uso popular esteja chegando e que nocoiners ‘apenas não entendem’. Acabou.”

Bitcoin, a moeda que morreu, mas passa bem

Há certamente uma tendência de queda na quantidade de registros de óbito do bitcoin nos últimos anos. Isso porque, em 2017 a moeda “morreu” 124 vezes, enquanto os óbitos em 2018 alcançaram 93 registros, sendo os recordes da lista.

A maioria dos críticos surgem quando a moeda passa por volatilidade, ou algum país bane as transações. Mas em 2019 o bitcoin morreu apenas 41 vezes, diminuindo para 14 em 2020.

Após mais de 460 mortes declaradas por especialistas em anti-criptomoedas, o bitcoin vai se provando como a moeda que morreu, mas passa bem.

Para o futuro, a comunidade aguarda que mais críticos surjam, embora em proporção menor ao número de pessoas que deverão aproveitar a novidade financeira descentralizada.

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.

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