Após comprar R$ 100 em Bitcoin todos os meses de 2021, brasileiro bate a inflação

Brasileiro viu na prática a moeda digital atuar como reserva de valor.

Um brasileiro apresentou nos últimos dias seus resultados após comprar R$ 100,00 em Bitcoin durante todos os meses de 2021, batendo a inflação.

Nos últimos anos, o Bitcoin passou a ser reconhecido por algumas pessoas fãs da tecnologia como uma reserva de valor. Isso porque, mesmo com sua volatilidade de mercado, no longo prazo a moeda tem dado retorno a quem acreditou na tecnologia.

Um desses brasileiros é Adolfo, criador do projeto “Bitcoin Maranhão”, que conheceu o Bitcoin em 2015. Na época, apesar de conversar com amigos sobre a moeda da “deeep web”, ele não comprou nenhuma unidade.

“A deep web era muito privada e a moeda que circulava lá também o era. Mas eu não me aprofundei sobre o Bitcoin na época”.

Em 2019, ele lembra que teve novamente contato com o Bitcoin e se aprofundou no assunto, com mais confiança dessa vez, participando de grupos de trade e investimentos. Ele lembra que naquele momento, estava preocupado apenas com ganhar dinheiro com a moeda, mas ainda não tinha caído na realidade do potencial da tecnologia.

“Estalo do Bitcoin”

Negociando a moeda, Adolfo lembra que seu celular estragou na época e ele teve que sair das comunidades de trade que estava e acabou vendendo todo o seu investimento em Bitcoin. Mesmo assim, ele continuou acompanhando o preço do Bitcoin no mercado.

No mês de março de 2020, quando o mercado desabou com o início da pandemia, o brasileiro viu uma oportunidade de recomprar a moeda. Naquele momento, ele decidiu que iria comprar e não negociar mais a moeda no mercado, buscando a partir daquele momento apenas estudar o que era o Bitcoin e seus fundamentos.

Eu tomei essa decisão de apenas comprar mensalmente e estudar, entender o que é realmente o Bitcoin. Ao analisar os fundamentos do Bitcoin, eu tomei um “soco de realidade”. Eu olhava para cima, para o lado, para outro e vi que estava tudo errado. O mundo está todo errado, estamos programados para ficar mais pobre“.

O brasileiro lembra que foi lhe dando um “estalo” do Bitcoin, momento em que conheceu o projeto Hold BTC 100 criado por Huberto Leal e o maior canal sobre o assunto no YouTube, os Bitcoinheiros. Ao participar dessa comunidade, ele decidiu que não poderia mais conter seu conhecimento apenas para ele.

“Principalmente no estado onde me encontro, o Maranhão é um estado dos mais pobres no Brasil, com baixo nível de escolaridade e educação financeira, então me senti com a responsabilidade de ensinar as pessoas a fugir dessa pobreza programada que o sistema fiduciario impõe.”

Criação do projeto Bitcoin Maranhão

O processo de educar as pessoas e difundir conhecimento pode não ser um processo fácil a princípio. Contudo, com a internet hoje esse processo fica muito mais simples e foi aí que Adolfo resolveu atuar.

Ele criou pelo Instagram a página Bitcoin Maranhão, onde compartilha tudo que aprende sobre os fundamentos da tecnologia que ele hoje se diz apaixonado.

“O Maranhão sempre foi um estado que sofreu com a chegada de pirâmides financeiras, não só de Bitcoin, mas de tudo, de forex, opções binárias, entre outras mais. Com isso, explicar os fundamentos do Bitcoin no local se tornou fundamental para que as pessoas não caiam mais nesses golpes de investimentos ilusórios. Tudo que aprendo de bom sobre o Bitcoin eu ensino para as pessoas”.

Segundo ele, no Maranhão o ensino de Bitcoin era ruim antes de sua página ser criada. Ao assistir uma live do YouTube Augusto Backes, ele lembra que ouviu falar pela primeira vez do projeto Hold BTC 100, que consiste em comprar Bitcoin todos os meses e registrar em uma planilha para acompanhar a evolução do investimento.

Brasileiro comprou R$ 100,00 durante todos os meses de 2021 e bateu a inflação

No final de 2020, Adolfo lembra que já havia ensinado em sua página tudo que podia sobre os fundamentos, resolvendo então ir para a prática do mercado. Ele decidiu seguir a planilha de aportes mensais e fazer um experimento em 2021.

No início do ano, ele fez sua primeira compra de Bitcoin e registrou na planilha, passando a efetuar um aporte de R$ 100,00 mensalmente. Diferente de Huberto, que compra todo dia 10 de cada mês, Adolfo resolveu comprar no final de cada mês o seu valor.

Totalizando então 11 aportes de R$ 100,00 em 2021, o que dá uma soma de R$ 1.100,00 comprados publicamente, Adolfo compartilhou nos últimos dias que seu experimento já vale hoje R$ 1.263,61, um lucro de 14,87% no ano, que bate a inflação IPCA de 10,74% divulgada pelo Banco Central do Brasil no período dos últimos 12 meses.

Em conversa com o Livecoins, o investidor brasileiro lembrou que com o Bitcoin as pessoas não estão apenas protegendo seu poder de compra, mas evitando confiar em terceiros, visto que a moeda digital é lastreada em matemática pura.

“Ao longo desse período, eu venho estudando sobre o Bitcoin e acompanhando ao vivo os problemas de bancos centrais. A inspiração para Satoshi Nakamoto criar o Bitcoin, que era uma crise na economia de 2008, acontecendo tudo de novo, bancos centrais imprimindo dinheiro, entre outros problemas mais. O Bitcoin é inevitável”.

Questionado se vai continuar o experimento e sobre o que acredita no quesito adoção do Bitcoin no Brasil, ele disse que deve continuar o experimento até porque é necessário proteger seu poder de compra, algo que ele acredita que deve cair na realidade de muitos brasileiros em breve.

Ouça.

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.

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