Com políticas de confinamento se intensificando na China, protestos estão tomando conta do país comandado por Xi Jinping. Como forma de combater a censura, ativistas estão usando NFTs e outras tecnologias descentralizadas para serem notados.
Segundo informações de jornais como The Wall Street Journal e CNBC, policiais estão invadindo a privacidade de cidadãos chineses a procura de aplicativos banidos no país.
“Residentes de Xangai começaram a reclamar online que a polícia está pegando seus celulares em centros de transporte público para procurar por aplicativos estrangeiros, como Instagram, Twitter e Telegram”, relata uma repórter da CNBC. “O Telegram é um aplicativo de mensagens encriptadas, frequentemente usado por protestantes e ativistas para comunicação.”
With rare protests across China over the country's "zero-Covid" lockdown strategy, CNBC's @onlyyoontv shares new details on the growing demonstrations. pic.twitter.com/SZJ5HvvDyi
— TechCheck (@CNBCTechCheck) November 28, 2022
Já a CNN aponta que os protestos se espalharam por todo país no último sábado (26) após um incêndio matar dez pessoas na quinta-feira (24). Ao que tudo indica, tais vidas poderiam ter sido salvas caso os bombeiros não tivessem sido atrasados pelas medidas de seu próprio governo.
Além de xingamentos a Xi Jinping e ao Partido Comunista, manifestantes também ergueram cartazes, gritando frases como “Não quero teste de Covid, quero liberdade!” e “Não quero ditadura, quero democracia!”
NFTs são usados para combater censura
Conforme a polícia está revistando celulares para localizar aplicativos estrangeiros, alguns ativistas estão buscando soluções descentralizadas para mostrar ao mundo a situação da China.
Intitulada Silent Speech (Discurso Silencioso, em português), uma coleção com 135 NFTs listada na OpenSea mostra fotos de protestos, pichações, mascaras amontoadas e até mesmo publicações realizadas em redes sociais.
Conforme sites como Twitter, Google, Facebook e YouTube são banidos na China, ativistas também estão usando outras soluções descentralizadas, como IPFS, para hospedar imagens, vídeos e textos.
No Matters, site que utiliza tal tecnologia, é possível encontrar diversos destes artigos, mostrando o andamento dos protestos, dia após dia.
Por fim, vale lembrar que a China já está usando sua moeda digital de banco central (CBDC). Portanto, parece apenas questão de tempo até que chineses que buscam liberdade sejam punidos financeiramente.
Ou seja, não levará muito tempo até eles perceberem que também precisam de uma moeda descentralizada como o Bitcoin para seguirem com suas vidas.