Atlas Quantum: como funcionava a “gigante da arbitragem de Bitcoin” que deu calote no Brasil

Empresa fala sobre acusações de pirâmide e diz que auditoria está próxima

Muitas pessoas no mercado de criptomoedas ainda torcem o nariz quando se fala o nome “Atlas Quantum”. O fato é que a empresa brasileira opera há mais de dois anos e, desde março de 2017, não entregou, de acordo com seus representantes, um único dia de prejuízo para seus clientes.

Esses dados significam que a plataforma passou incólume pela maior correção já registrada pelo Bitcoin, acontecida em entre o final de 2017 e todo o ano de 2018. Além disso, mesmo com as quedas de 2018, entregou a seus clientes nada menos que 62,3% de rendimento no ano.

O resultado é que, mesmo sendo chamada de pirâmide, a empresa tem a confiança de mais de 22 mil clientes e opera quase 13 mil BTCs.

Para entender em detalhes como funciona o serviço e esclarecer as principais dúvidas da comunidade, entrevistamos, no último dia 21 de março, em São Paulo, o diretor comercial do Atlas Quantum, Bruno Peroni, e Rodrigo Lima, analista de marketing da empresa.

Com base nessas entrevistas, vamos buscar responder neste texto:

[lwptoc]

1. Que serviços o Atlas Quantum oferece?

O Atlas Quantum oferece um único serviço, que é um investimento baseado em Bitcoin voltado ao grande público, fornecendo um rendimento diário sobre cada Bitcoin investido.

Por isso, é muito atrativo para quem compra Bitcoins para fazer hold, ou seja, esperando uma alta. Por exemplo, alguém que tivesse colocado 1 BTC na Atlas Quantum no começo de 2018, teria chegado ao fim do ano com 1,623 BTC!

Além disso, é um investimento atrativo para qualquer pessoa que assuma o risco e se interesse em aumentar seu capital, já que rende mais que a maioria dos investimentos do mercado, tais como a poupança e o Tesouro Direto.

Neste gráfico de propaganda, divulgado pelo próprio serviço, podemos comparar alguns investimentos:

Comparação rendimento Atlas
Comparação rendimento Atlas

Para chegar a esse rendimento, eles usam uma estratégia chamada “arbitragem de alta frequência”, que explicaremos em detalhes logo mais. Resumindo, eles compram Bitcoins onde está mais barato e vendem ao mesmo tempo onde está mais caro.

Para realizar esse trabalho, o Atlas Quantum cobra 50% sobre o rendimento obtido. Por exemplo, se, em um mês, a plataforma render 20%, o serviço fica com 10% e o cliente com 10%.

Vale dizer que os rendimentos divulgados, como o de 62,3% em 2018, já é o líquido, ou seja, já está descontada a taxa de 50%.

2. Qual a estrutura do Atlas?

A empresa Atlas Quantum está sediada num escritório de três andares que soma 1.668m2 num prédio comercial da Al. Santos, ao lado da Av. Paulista, em São Paulo.

No espaço, trabalham quase 200 funcionários, sendo 82 só da área de tecnologia. Além disso, eles possuem estrutura dividida em segmentos, como marketing, RH, operações e atendimento ao cliente, além de representantes comerciais em diversos estados.

Trata-se de uma empresa em pleno crescimento. Em 2018, por exemplo, começaram 2018 com 25 funcionários, chegando a 140. Em termos de clientes, quadruplicaram, passando de 4.000 para mais de 16.000.

Quanto a ativos sob custódia, começaram 2018 com cerca de 1.000 BTCs e chegaram a 9.000. “Foi a hora que o BTC caiu”, lembra Bruno. “Então, em dólar, acabou subindo, mas não tanto. Se o preço do BTC estivesse em 20 mil dólares, hoje a gente estaria perto de 1 bi em gestão”, arredonda, considerando os quase 13 mil BTCs hoje sob custódia.

3. Como o Atlas Quantum investe o dinheiro dos clientes?

Antes de tudo, vale saber que o Atlas Quantum trabalha sempre com Bitcoin ou dólar. Assim, ao receber um depósito do cliente em reais, o serviço vai utilizar esse dinheiro para comprar bitcoins e dólares. O cliente pode inclusive escolher qual vai preferir ou um mix dos dois.

A diferença é que, se o cliente optar por Bitcoin, ele vai ter seu rendimento sobre Bitcoin. Independentemente de o Bitcoin cair ou subir no período, o sistema vai trabalhar para que ele tenha um ganho percentual na quantidade de bitcoins.

Mas vamos dizer que você acha que o Bitcoin vai cair nos próximos meses. Neste caso, a melhor estratégia é optar por aplicar em um índice de Dólar, que também é oferecido pelo serviço. Dessa forma, você tem o ganho da plataforma, por exemplo, os 62,3% de 2018, mas com a segurança do Dólar, sem estar sujeito à queda do Bitcoin.

3.1 Arbitragem de alta frequência

Como falado, o Atlas Quantum investe os Bitcoins dos clientes com uma estratégia chamada “arbitragem de alta frequência”. Vale dizer que as negociações de alta frequência existem desde 1998 e hoje são um serviço comum em bolsas de valores ao redor do mundo. O serviço tem até uma sigla, HFT, do inglês High Frequency Trading.

A tal da “alta frequência” nada mais é do que comprar e vender ativos centenas de vezes por minuto por meio de um programa de computador, neste caso, chamado “robô de arbitragem”.

Rodrigo Lima – Atlas. Foto: Renata Santos

Por conta desse quadro, podemos ver que o Atlas Quantum não inventou a roda ao oferecer seu serviço. Porém, dentro do universo das criptomoedas, ganhou mercado por dois motivos. Primeiro, o pioneirismo, já que foi a primeira a oferecer a arbitragem de alta frequência para o mercado aberto (já existiam fundos fechados que faziam isso).

Em segundo, foi muito feliz ao optar por uma estratégia conservadora para o funcionamento do seu robô. Seu gerenciamento de riscos é tão forte, que o último resultado negativo em um dia foi em março de 2017. Se ele tivesse optado por entregar ganhos maiores, aumentaria também as perdas ocasionais dos clientes. Assim, não conquistaria a confiança gradativa que vem ganhando do mercado.

3.2 Exchanges utilizadas

Como é sabido, a arbitragem em si é comprar em um lugar onde um ativo esteja barato e vendê-lo em um local onde esteja caro. E, para encontrar essas diferenças, o Atlas Quantum possui contas em 11 exchanges ao redor do mundo. Bitfinex, Kraken, Binance e Bitstamp são as mais usadas, porém também utilizam Bittrex, Cex.io, Exmo, Gate, Hitbtc, Tidex e Poloniex.

Dessa forma, o robô de arbitragem da empresa, também chamado de algoritmo de arbitragem, obtém lucro sempre que o BTC possui valores diferentes em duas exchanges. Neste caso, ele usa dólares para comprar o BTC onde está mais barato e vende, também em dólar, onde está mais caro. Lembrando que isso é feito em frações de segundo.

Mapa do mundo no escritório do Atlas. Expansão internacional é questão de tempo. Foto: Renata Santos

Por isso, o algoritmo do Atlas Quantum funciona muito melhor quando a volatilidade do mercado está grande, independentemente de o sentido geral ser de queda ou subida. O que importa é que haja diferenças significativas – mesmo rápidas – entre as exchanges.

Esse é o motivo que explica como eles conseguiram entregar rendimentos fortes mesmo com as quedas do BTC em 2018.

Vale saber que, embora a Atlas Quantum tenha quase 13 mil BTCs sob custódia, as ordens do robô de arbitragem raramente ultrapassam 2 BTCs, sendo, na maioria das vezes, bem pequenas. “Só existe um limite mínimo porque senão a taxa cobrada leva todo o lucro”, conta Rodrigo.

Como explicado, todas as negociações do robô são sempre no par BTC/USD. Analisando um pouquinho, isso significa que o Atlas Quantum:

  • Não investe em nenhuma outra criptomoeda, que não o BTC;
  • Não faz arbitragem entre países, já que, para fazer isso, teria de comprar ou vender o BTC com as moedas fiat locais;
  • Precisa ter um equilíbrio de dólares e BTCs em todas as exchanges em que opera;
  • Necessariamente precisa movimentar dólares ou BTCs entre exchanges, o que ela faz utilizando stablecoins. A empresa faz questão de dizer que usam várias stables, não somente Tether, para não ficarem muito expostos à moeda.

Questionamos se o Atlas Quantum faz trade com Bitcoin. A resposta foi “não fazemos”, com o reforço de que a estratégia de arbitragem é muito menos arriscada que o trade, já que a venda e a compra acontecem ao mesmo tempo em duas exchanges diferentes.

Os entrevistados, entretanto, explicam que a empresa vem fazendo vários testes, com dinheiro próprio, não do cliente. Um deles é a arbitragem de altcoins, das quais citam o Ethereum especificamente, bem como de trade direto de Bitcoin. Isso indica que, para o futuro, a empresa deve oferecer uma cesta maior de produtos.

4. Por que o Atlas Quantum se considera um serviço seguro?

Em agosto de 2018, um vazamento de dados colocou em cheque a segurança do sistema da Atlas Quantum. Foram expostos o saldo em Bitcoin, nome, e-mail e telefone de 264 mil pessoas cadastradas na plataforma.

Segundo a empresa, não houve nenhum prejuízo financeiro nem roubo de Bitcoins, já que as informações que vazaram eram utilizadas cotidianamente, tanto na distribuição de rendimentos quanto para processos de compliance e KYC. “Por isso, a criptografia que protegia esses dados era menos robusta do que a que utilizamos para proteger as carteiras”, explica Rodrigo Lima.

Bruno Peroni em entrevista ao Livecoins. Foto: Renata Santos
Bruno Peroni em entrevista ao Livecoins. Foto: Renata Santos

“Após o vazamento, passamos a adotar criptografia robusta para todos os dados da empresa, ainda que isso gere maior lentidão para processos internos, de forma a evitar que um incidente como esses se repita”, completou.

Questionamos aos entrevistados quais os procedimentos de segurança adotados pela empresa como um todo. Destacamos os seguintes:

  • Reserva de contingência. Trata-se de dinheiro da empresa, não do cliente, reservado para eventos sistêmicos. “Se uma Exchange quebrar ou for hackeada, a gente consegue cobrir”, afirma Rodrigo.
  • Reforço da segurança da informação. Reforçada depois do vazamento, a área tem hoje 6 pessoas. “Temos um serviço de monitoramento de segurança da informação 24h, somos uma das poucas empresas no Brasil, não só de cripto, foi investido pesado nisso”, afirma.
  • Especialistas por área. “A gente tem uma pessoa só de antifraude, uma que olha só desenvolvimento seguro, que olha por exemplo para ver se não tem nenhum backdoor”, explica Bruno. “Nossa segurança agora está em nível de excelência”, garante.
  • Dupla checagem de saques. A empresa possui uma equipe exclusiva para fazer dupla checagem em todos os dados dos clientes para retiradas, independentemente do valor sacado.
  • Atualização constante. “A gente está constantemente realizando novos treinamentos com o pessoal de tecnologia, para tentativas de phishing e coisas assim… é a área mais importante”, diz Rodrigo. “Bitcoin não tem estorno”, lembra.
  • Diversificação de exchanges. As operações da empresa passaram de 4 exchanges até metade do ano passado para as 11 atuais. “Qual que é a chance de duas corretoras quebrarem simultaneamente? Muito difícil”, afirma Rodrigo. Além disso, as grandes exchanges têm suas próprias proteções: “A Bitfinex já teve problemas nesse sentido e ressarciu todos os clientes”, lembra Bruno. “Tentativa de hack sempre vai haver; você tem de estar preparado para isso”, afirma.
  • Ambientes de contas criptografado. Trata-se do ambiente onde estão as contas dos clientes. Segundo a empresa, se for hackeado, o máximo que o hacker vai conseguir são os e-mails, as senhas dos clientes e o saldo, porém tudo criptografado, o que impede seu uso.
  • Ambiente de saques controlado. O mecanismo para saques é uma hot wallet na BitGo, com saldo superpequeno. “Se você entrar e pedir um saque agora, saca da Exchange para a carteira da BitGo, da carteira da BitGo para a do cliente”, explica Bruno. Tudo isso evita saídas não programadas e imediatas.
  • Senhas multisignatárias. “Se o CEO disser: ‘Ah, eu quero sacar agora’, não pode”, conta Rodrigo. Ele explica ainda que são definidos limites seguros para todas as contas e que todas possuem planos para herdeiros dessas chaves. Além disso, raramente é necessário logar nas contas, já que o robô funciona via APIs das exchanges.

5. Como a empresa busca ganhar a confiança da comunidade?

Todos sabemos que o mercado de criptomoedas como um todo carece de confiança. Isso não é exclusividade do Atlas Quantum. Por isso, perguntamos aos entrevistados quais as ações que a empresa toma para aumentar a confiança da comunidade e dos clientes no trabalho deles. As principais respostas foram as seguintes:

  • Via ABCB (Associação Brasileira de Criptomoedas e Blockchain). “Nós somos um dos mantenedores, fomos um dos fundadores”, afirma Bruno. “É um espaço de diálogo e da gente garantir quem são os players bons e ruins do mercado”.
  • Foco no compliance. “Hoje pra nós compliance é uma coisa bem séria”, afirma Bruno. Ele exemplifica inclusive que a empresa, para todos os clientes que entram com mais de R$ 150 mil, afere origem do dinheiro.
  • Não aceitar cash. “Já teve alguns malucos aqui que vieram com maletas, assim, sei lá, R$ 10 milhões e ‘eu quero comprar Bitcoin’”, conta Rodrigo. Saíram sem os Bitcoins.
  • Autorregulação. A empresa afirma adotar todas as diretrizes do mercado financeiro tradicional. “Porque, se o regulador chegar junto, ele provavelmente vai aplicar medidas similares”, explica Rodrigo. “A gente trabalha para que, se isso acontecer algum dia, aqui vai ser uma segunda-feira normal: a gente não vai parar a operação, vai seguir trabalhando”, afirma.
  • Transparência possível. “Junto à comunidade também, a gente tenta ser o mais transparente possível. É claro, essas questões por exemplo, abrir qual que é a estratégia de arbitragem, como é o algoritmo, isso a gente nunca vai poder fazer, realmente, pois a gente perde o nosso segredo, o nosso modelo de negócios”, afirma Rodrigo. A divulgação da custódia é uma das medidas recentes tomadas neste sentido.
  • Portas abertas. “Cada cliente, independente do patrimônio, a pessoa pode ter investido R$ 10 mi ou ter comprado um gift card de R$ 50, se ele quiser chegar aqui para conhecer o escritório, a gente vai apresentar com o maior prazer”, diz Rodrigo. “A gente está disposto a ser o mais transparente possível com a comunidade”.

6. Quando sai a auditoria do Atlas?

“A gente está batalhando para ser a primeira empresa de criptomoedas auditada do Brasil”, afirma o diretor comercial. Segundo ele, a empresa cometeu um erro ao afirmar que apresentaria novidades sobre isso já em maio do ano passado, pois se trata de uma contratação muito mais complexa do que acreditaram inicialmente.

As dificuldades, segundo ele, são as seguintes:

  • Medo de criptomoedas. É difícil encontrar auditorias que aceitem pegar uma empresa de criptomoedas. “Às vezes não passa no comitê de ética, ou não tem know how, ou ‘cripto não é regulada, então a gente não quer mexer’, ou não simplesmente não sabem fazer”, diz Bruno.
  • Auditoria de outro país não serve. Neste caso, é um jogo de empurra-empurra. Auditorias internacionais só fazem o trabalho no país por meio do escritório local que, por sua vez, não tem know how pra isso.
  • Ninguém foi auditado no Brasil. “Tem empresa no Brasil de criptomoeda que anuncia: ‘ah, somos auditados’, mas é auditoria de processos. O que você está fazendo com o dinheiro ninguém sabe ainda”, afirma Bruno.
  • Precisa ser big player. Como a questão é gerar confiança, a empresa não pode escolher qualquer auditoria. “Tem que ser com um big player. Então a gente está em conversas avançadas com uma empresa e, assim que a gente puder divulgar, a gente vai fazer isso”, afirma Rodrigo. “Nós somos os mais interessados nisso, mais até do que a imensa maioria dos clientes. Pra poder transmitir essa confiança”.

Embora não dê datas, Bruno garante que um anúncio está próximo: “A gente está conversando com uma empresa, hoje, em conversa avançada, e a ideia é que eles vão colaborar com outro país”, explica.

“O que a gente está buscando é uma auditoria completa financeira que vai emitir relatórios trimestrais, vai olhar os balanços da empresa e, claro, olhar a tecnologia, olhar a segurança… olhar tudo”, complementa. “A mais completa possível, a gente não quer fazer só de processo”.

Segundo Bruno, em termos de confiança, essa seria uma forma de diferenciar o Atlas Quantum tendo em vista o mercado atual: “Dá uma compensada também no fato de o mercado não ser regulado. Quando alguém fala: “ah, o mercado não é regulado”, a gente pelo menos tem uma auditoria”.

7. O que o Atlas fala sobre acusações de ser pirâmide

“Difícil”, diz Bruno sobre as análises que acusam o Atlas Quantum de ser uma pirâmide financeira.

“Mas é só olhar para as pirâmides que estão sendo pegas pelo Ministério Público e ver que não têm nada a ver com a gente”, afirma. “Geralmente não dá para entender, são muito opacos com relação ao que eles fazem. Chame qualquer um que vem do mercado financeiro que ele entende o que nós estamos fazendo, entende que isso é possível”, garante.

Ele lembra ainda que, geralmente, as pirâmides envolvem algum tipo de marketing multinível, “coisa que não tem nada a ver com a gente, a gente nunca fez. E a gente nunca garantiu rendimento, pode ter prejuízo amanhã!”, afirma Bruno. Ao que Rodrigo retruca: “Bate na madeira!”.

8. Conclusão: minha impressão pessoal

Agora que sobrecarreguei vocês de informação, quero deixar um pouco a minha impressão geral da conversa.

Chamou minha atenção a fluidez da entrevista com Rodrigo e Bruno. Foi uma conversa leve, com lembranças diversas, respondendo a tudo o que eu perguntava, sem titubeios, e passando a certeza da confiança deles no negócio e na empresa.

Atlas. Foto: Renata Santos
Atlas. Foto: Renata Santos

Como, além de jornalista, sou programador, perguntei um monte de detalhes sobre o robô de arbitragem e eles responderam.

Esclareci dúvidas sobre as remessas de recursos, também sobre gestão de riscos nas diversas áreas, e saí pessoalmente convencido de que o negócio deles é sim, possível e viável, mas infelizmente não ficou provado que eles fazem aquilo que afirmam que fazem.

Fiquei triste porque não me deixaram entrar na sala dos programadores e ver o robozinho de arbitragem funcionando. Mas entendo que segredo industrial é segredo industrial.

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Sui Teixeira
Sui Teixeira
Sui Teixeira é jornalista desde 2001, formada pela USP. Trabalha ainda como produtora de jingles, é programadora amadora e entusiasta de ciência e tecnologia.

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