A Atlas Quantum está processando a Comissão de Valores Mobiliários do Brasil, a CVM, e pedindo R$ 3 bilhões na causa. Como motivação para acionar a justiça, a empresa acusada de pirâmide diz que foi “injustiçada”. As informações são do Cointelegraph.
Sem permitir saques para seus clientes desde 2019, a empresa é acusada por ex-clientes de operar um sofisticado golpe. Alguns juízes que já julgaram casos da empresa já até chamaram ela de pirâmide financeira, visto que captou recursos com promessas de rendimentos no mercado.
Vale notar que o processo foi movido pelos autores ‘Atlas Quantum’ e ‘Rodrigo Marques’, com a data de depósito de 11 de agosto último. A 24.ª Vara Cível Federal de São Paulo foi acionada para julgar o caso.
Piada. Atlas Quantum processa CVM e pede R$ 3 bi
O processo movido pela Atlas Quantum contra a CVM chamou atenção da comunidade brasileira, que viu a empresa acusada por ex-clientes de ser o maior golpe com a imagem do Bitcoin no Brasil acionar uma autarquia que foi responsável por investigar suas ações.
De acordo com a defesa da Atlas e de Rodrigo Marques, a CVM deve reparar a empresa por danos morais e materiais, visto que autuou o suposto golpe no ano de 2019.
A defesa ainda sustentou que a fintech paulista promovia cursos financeiros, ensinos como o “Desafio dos Investidores” que foi apresentado pelos atores Cauã Reymond e Tatá Werneck em 2018, entre outros mais.
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A Atlas ainda sustentou que foi líder na criação da Associação Brasileira de Criptomoedas e Blockchain (ABCB), buscando levar mais educação ao mercado. Na visão da empresa, tudo ia bem, até que a CVM emitiu um stop order no mercado, impedindo essa de continuar suas captações de investidores.
Mas com a ação da autarquia federal, a possível pirâmide financeira desmoronou e então a defesa afirmou no processo que o estado brasileiro tem culpa pelo fim da fintech, que não paga seus clientes desde 2019, mesmo com o recurso depositado pelos investidores ainda estando com a empresa.
Defesa do suposto golpe afirmou que ataques da imprensa e de pessoas contra líder da empresa aconteceram após ação da CVM
Outro ponto levantado pela defesa foi sobre o “ataques” sofridos pela Atlas Quantum na imprensa após o stop order da CVM. Neste ponto, clientes também ameaçaram Rodrigo Marques de morte, sendo que a Comissão de Valores Mobiliários deve então pagar R$ 300 mil de indenização a ele por isso.
“A imprensa publicou diversas reportagens sobre reclamações de clientes da Atlas
que não puderam obter o resgate de seus Bitcoins após a stop order, de modo que houve
grande ofensa à moral objetiva da empresa, à sua reputação e à sua imagem”.
Entre todas as suas alegações, a defesa da Atlas Quantum espera que o estado brasileiro seja considerado culpado, pagando então R$ 3 bilhões a título de indenização.
Vale o destaque que a Justiça Federal de São Paulo ainda vai analisar o caso, que está na fase inicial movida pela Atlas contra a CVM. No Brasil, a Comissão de Valores Mobiliários é a responsável por fiscalizar o mercado de investimentos, alegando que a empresa captou irregularmente investidores no país, consideradas contratos de investimento coletivo.