Após os Estados Unidos começarem a aprovar seus primeiros ETFs do Bitcoin, outros países correm atrás, sendo que a Comissão de Investimentos e Securities da Austrália (ASIC) deu permissão adiantada para várias empresas de gestão que estão buscando criar um ETF de Bitcoin no país.
De acordo com o Business Insider empresas de gestão de fundos que querem lançar ETFs com base em ativos digitais vão poder fazer isso em breve após esse sinal verde adiantado dado pela maior autoridade de regulamentação financeira da Austrália. Entre os produtos que poderão ser aprovados no futuro, há, claro, ETFs de Bitcoin e Ethereum.
Segundo as informações, muitos gestores do país estão começando o processo de aplicação depois que a ASIC deu esse sinal positivo. A decisão não foi imediata, obviamente, com as autoridades consultando especialistas do criptomercado por meses.
Com a aprovação adiantada, os reguladores também detalharam normas e anunciaram um rascunho dos requerimentos regulatórios iniciais.
Em um anúncio nessa sexta-feira (29), a ASIC afirmou que reconhece o interesse e a demanda por ETPs e outros produtos de investimentos que envolvem o criptomercado na Austrália.
Regras para ETF de Bitcoin na Austrália
Entre as diferentes regras estabelecidas para uma futura aprovação, a ASIC requere que os gestores de fundo contem com um expert em custódia de Bitcoin que “precisará garantir a segurança dos criptoativos que estão guardados e seguros“.
Vale ressaltar que a aprovação adiantada e a futura aprovação é em relação a ETFs no mercado a vista de Bitcoin e não inclui produtos com derivativos ou então com contratos futuros com criptomoedas.
Os gestores de fundos também precisarão de um capital de giro inicial de US$ 10 milhões em ativos tangíveis antes de lançarem a ETF de Bitcoin, além de terem que lidar com outras obrigações de risco e precificação.
ETF é um produto de investimento interessante para o mercado varejista e para o institucional. As ETFs permitem que pessoas possam investir em vários ativos em simultâneo, sem a necessidade de entender sobre todos ou passar pelas barreiras iniciais para começar um desses investimentos.
Isso ajuda o público amplo a ter mais exposição ao Bitcoin, mesmo que indiretamente. No Brasil, por exemplo, a B3 já lista vários ETFs, de Bitcoin e Ethereum, mas nenhum faz a custódia dos ativos.
O aumento de ETFs pode aumentar a confiança no mercado e fortalecem o criptomercado como um todo. Além disso, essas são ferramentas muito mais interessantes para os investidores institucionais que podem não confiar na volatilidade do investimento direto ou não querem a “dor de cabeça” de lidar com a custódia de seus ativos.
Mas como investimento, eles também possuem riscos e variações de acordo com o interesse do mercado nos ativos, que normalmente são listados em bolsas de valores.