O suspeito de causar uma explosão em um supermercado do Mato Grosso, que pedia bitcoins como pagamento, se tornou réu por homicídio tentado qualificado, duas extorsões, explosão e colocação de artefato explosivo.
Denunciado pelo Ministério Público de Mato Grosso, Rodrigo Machado de Oliveira foi preso em sua residência após o atentado contra o supermercado. Como noticiado pelo Livecoins, o barbeiro exigia R$ 300 mil em bitcoin como pagamento para não detonar as bombas.
Na denúncia oferecida pela 6ª Promotoria de Justiça Criminal de Rondonópolis e recebida pelo juiz de Direito Wagner Plaza Machado Júnior, da 1ª Vara Criminal da comarca, na segunda-feira (8), o MPMT requereu que o acusado seja submetido ao Tribunal do Júri.
Suspeito de explosão em supermercado não recebeu bitcoins e agora responderá por crimes
De acordo com informações divulgadas a público, Rodrigo agiu com dolo eventual, por motivo torpe e dificultou a defesa de uma vítima. A investigação denuncia então que ele tentou matar um menino de sete anos, com o seu artefato explosivo.
Com um caso de perigo comum, ele ainda tentou matar uma mulher que estava no supermercado no momento da explosão. Os crimes não se consumaram por circunstâncias alheias à vontade dele, indica o MP.
Conforme o promotor de Justiça Substituto Fernando de Almeida Bosso, o denunciado também “expôs a perigo a vida e a integridade física de clientes e funcionários que estavam no interior do supermercado, bem como o patrimônio dos sócios-proprietários do referido estabelecimento comercial, mediante a explosão“.
Além disso, constrangeu quatro vítimas mediante grave ameaça, com o intuito de obter para si vantagem econômica indevida, sob pena de fazer ataques contra 11 lojas da rede comercial. Ele queria receber R$ 300 mil em Bitcoin.
Autor dizia ser um membro de facção perigosa para causar pânico
O ato terrorista investigado no Estado do Mato Grosso, no Centro-Oeste do Brasil, levou pânico a moradores de Rondonópolis. O município fica a 212 quilômetros de Cuiabá, capital do estado.
Segundo apurado durante as investigações, ao entrar em contato com as vítimas, Rodrigo tentou intimidar com graves ameaças. Ao ligar para o Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) do supermercado, ele exigiu o pagamento com urgência.
No processo de extorsão qualificada, ele declarou “ser um membro de uma organização que efetua ações de altíssima violência”. Ele deu apenas algumas horas para receber os valores em sua carteira de bitcoin e como não teve o pedido atendido, detonou uma bomba em uma das unidades.
Atualmente, o suspeito, agora denunciado, segue preso na unidade prisional Major PM Eldo Sá Correa, em Rondonópolis.
