As autoridades da Argentina iniciaram uma investigação após uma denúncia de que um homem estava escaneando a íris das pessoas em troca de criptomoedas, operando de dentro de uma banca de jornal.
Como o local não tinha autorização para realizar tal atividade, o caso se tornou um escândalo na cidade de Zapala, como informado pelo site Río Negro.
Além da investigação policial, há em curso uma investigação por meio de um órgão de defesa dos consumidores locais.
“Ganhe Worldcoin” vira escândalo em cidade da Argentina, após homem escanear íris das pessoas dentro de banca de jornal
Ligada ao fundador do ChatGPT, Sam Altman, a World tem realizado várias leituras de íris da população de vários países do mundo nos últimos meses. Quem se submete ao procedimento ganha uma criptomoeda chamada Worldcoin (WLD).
E no caso do novo escândalo na Argentina, na principal rua da cidade de Zapala e no centro de tudo, uma banca de jornal também estava com várias filas ao longo do dia.
A movimentação anormal no local chamava atenção de quem passava por ali, visto que as bancas de jornais atualmente não atraem tantos clientes de uma só vez. Dentro do local, em um canto, um homem com um computador dizia aos interessados que eles receberiam criptomoedas em troca de seus dados biométricos.
O caso veio a tona após uma mulher contar sobre a prática de troca de informações pessoais por criptomoedas operando no local. A mulher realizou o alerta em uma rádio local, e logo o caso chegou para as autoridades.
Homem dizia ter ligações com empresa internacional para realizar leituras
Em meio a investigação, as autoridades apuram se o homem com computador na banca de jornal tem de fato ligações com a Worldcoin ou não. Documentos já foram solicitados para comprovar sua ligação com a empresa, além de registros de funcionamento do local e outras informações.
Na Argentina, assim como no Brasil, há leis de proteção de dados e não está claro se o homem estava respeitando os procedimentos locais.
De qualquer forma, o caso segue sob apuração da polícia e das autoridades de defesa do consumidor, que podem penalizar administrativamente o homem e a empresa, caso sejam considerados culpados por alguma infração.
No Brasil, os últimos dias também mostraram várias filas em São Paulo, reunindo interessados em ler suas íris em troca de receber criptomoedas como meio de pagamento. Mas uma reportagem acendeu o alerta de que muitas pessoas podem não estar cientes dos riscos envolvidos com a prática.