A degustação do mercado de criptomoedas pela B3 motivou a empresa que controla a bolsa de valores a pensar em expansão para 2022.
Essa intenção foi revelada em um comunicado de fato relevante na última sexta-feira (10), com o “B3 Day 2021: Core Business Sólido | Expandindo Fronteiras“.
Vale lembrar que recentemente o CEO da B3 criticou duramente as empresas que atuam no mercado de criptomoedas, que estariam operando fora da lei brasileira. Gilson Finkelsztain chegou a afirmar que operações em corretoras de criptomoedas são mais caras para usuários, defendendo as negociações de ETFs e fundos de investimentos listados na bolsa.
Ainda que estes instrumentos permitam apenas uma exposição indireta ao mercado, novas ações já são planejadas.
B3 coloca as criptomoedas no radar de expansão para 2022
Com o final de 2021 se aproximando, empresas pelo mundo já começam a traçar os seus planos para o próximo ano, como expansões, aquisições, entre outros mais.
Uma delas é a B3, única bolsa de valores do Brasil, que compartilhou seus planos nos últimos dias.
“Em linha com a estratégia de intensificar os esforços em expansão e crescimento por meio de novos produtos e serviços no Core Business e em novas frente de negócios além do Core, a B3 modificou o formato da divulgação de suas projeções para refletir essa estratégia, separando os desembolsos entre “core business” e “novas iniciativas e negócios”.”
Com relação as novas frentes de trabalho para 2022, uma das que chamou a atenção no comunicado da B3 é com relação as criptomoedas, das quais são chamadas “criptoativos”, ou ativos digitais, pela empresa.
Bolsas mundiais estão testando mercado
Como justificativa para aumentar sua exposição ao mercado de criptomoedas, a B3 declarou que bolsas de valores mundiais já estão testando este mercado. Ou seja, para não ficar para trás, a bolsa brasileira está de olho nas inovações mundiais para continuar concorrendo no setor.
Um dos serviços que poderiam ser lançados pela B3 é uma plataforma de infra para criptomoedas, solução que pode incluir o “Cripto as a service”, custódia e DVP, acesso à liquidez, ganhos de eficiência de capital e tokenização de ativos. De acordo com a B3, isso irá “facilitar para clientes a exploração do mercado cripto com baixo atrito”.
A empresa observou ainda que no último mês de novembro de 2021 o volume de negociações de criptomoedas no mercado brasileiro foi de R$ 9,7 bilhões, refletindo os dados do mercado de criptomoedas brasileiro.
Não está claro ainda quando efetivamente essas soluções chegarão ao mercado, mas mostra que o mercado de criptomoedas é uma realidade no mercado financeiro tradicional.
Nos últimos dias, a Even se tornou a primeira empresa listada na B3 a aceitar Bitcoin como meio de pagamento.