B3 pode receber primeiro ETF quantitativo de criptomoedas do mundo

Índice de criptomoedas que deve ser referência de ETF conta com a participação da bolsa de valores de Miami.

A gestora de investimentos quantitativos iVi Technologies conversa com a CVM para lançar um novo ETF de criptomoedas na B3, com a expectativa de finalizar tudo até o segundo semestre de 2023.

Em entrevista ao Valor Econômico na última segunda-feira (23), Lendel Lucas, Co-CEO da iVi Technologies, compartilhou alguns detalhes sobre o projeto.

Para que o produto chegue nas prateleiras de investimentos até o final de junho, a empresa prepara o lançamento de um índice de criptomoedas no primeiro trimestre de 2023. Tal índice de mercado conta com apoio da bolsa de valores de Miami (MIAX).

Novo ETF quantitativo de criptomoedas que pode chegar na B3 quer superar o Bitcoin

A iVi Technologies, com sede em Belo Horizonte (MG), prepara o lançamento do seu produto na bolsa de valores e espera captar até R$ 1 bilhão no lançamento.

De acordo com Lendel Lucas, o produto iVi MIAX Quant tem o objetivo principal de superar a rentabilidade do bitcoin no mercado de criptomoedas.

Para isso, contará com algoritmos de inteligência artificial para se posicionar no mercado de criptomoedas. Segundo Lendel, os primeiros testes da empresa no mercado não mostraram bons resultados com o algoritmo, mas após mais dados históricos, hoje pode ser mais eficaz.

Durante a entrevista, Antonio Gonçalves, diretor da MIAX, falou sobre o novo produto. Segundo ele, a bolsa de Miami comprou a bolsa de valores de Bermuda e quer seguir expandindo pela América Latina. Assim, o lançamento do ETF na bolsa brasileira apresentaria a expansão, sendo uma prioridade da empresa hoje.

Esperamos melhora no mercado de criptomoedas no segundo trimestre, diz CEO

Para Lendel Lucas, o produto poderia ser antecipado no mercado, mas eles resolveram postergar o lançamento do ETF. Isso porque, eles acreditam que em breve o mercado brasileiro já terá absorvido melhor os colapsos recentes de 2022, que ainda deixam marcas.

Ele citou exemplos como do fim da FTX, o fundo 3AC e o colapso da Terra (LUNA) como algumas razões.

Além disso, quando a Hashdex lançou com sucesso um ETF de criptomoedas na bolsa, o mercado passava por alta. A experiência também motivou a empresa a aguardar um momento mais favorável para investimentos no setor.

O fundo promete balanceamentos mais agressivos no mercado em relação a outros ETFs já criados e listados pela bolsa de valores brasileira. A intenção de utilizar a inteligência artificial é outro diferencial.

Por fim, a CVM ainda analisa a aprovação do primeiro ETF quantitativo de criptomoedas no Brasil, que pode ser o primeiro do mundo em bolsa.

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.

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