B3 quer custodiar Bitcoin e criptomoedas de bancos e corretoras

Bolsa brasileira pretende ser a principal custodiante de Bitcoin e outras criptomoedas para grandes corporações, incluindo exchanges, bancos e mesas de operações OTC.

A Bolsa de Valores do Brasil, B3, anunciou planos ambiciosos para dominar o mercado de criptomoedas, revelando sua intenção de se tornar a principal custodiante de Bitcoin e outras criptomoedas para corretoras e bancos.

Conforme relatório anual publicado na última sexta-feira (22/3), a B3 planeja criar uma plataforma de “oferta de toda a infraestrutura para o mercado de ativos digitais”, o que inclui: processo de tokenização, com a geração dos smart contracts; custódia; plataforma de negociação; facilitação de liquidação; e gestão de risco.

“No nosso dia a dia, percebemos que muitas dessas empresas precisam de serviços de tecnologia que podemos oferecer de forma ágil, eficiente e personalizada, a partir da experiência que adquirimos no core business.” diz a B3.

B3 quer custodiar Bitcoin de bancos e corretoras

Através de sua subsidiária B3 Digitas, lançada em 2022 em parceria com a Inter Invest, a B3 vem oferecendo serviços de compra e venda de criptomoedas, incluindo Bitcoin, Ethereum, Tether, Litecoin e Ripple, inicialmente para um grupo específico de clientes.

Ao que parece, o movimento é apenas uma parte de uma estratégia mais ampla que visa posicionar a B3 como a principal custodiante de Bitcoin e outras criptomoedas para grandes corporações, incluindo exchanges, bancos e mesas de operações OTC.

A iniciativa surge em um momento oportuno, com expectativas de novas regulamentações de segregação patrimonial pelo Banco Central do Brasil, o que levaria grandes empresas a escolher a B3 para realizar a custódia de ativos digitais.

Além disso, a B3 destacou sua abordagem “Cripto as a Service”, oferecendo uma solução de infraestrutura para o mercado de ativos digitais. Tal estratégia abrange desde o processo de tokenização e geração de smart contracts até a custódia, negociação, liquidação e gestão de riscos de ativos digitais.

Conforme a B3, os serviços oferecidos serão:

Crypto as a Service: Desenvolvimento de serviços automatizados, por meio de API, para instituições financeiras que oferecem criptoativos para seus clientes e que precisam lidar com uma cadeia operacional complexa, que envolve estabelecer relações comerciais com exchanges (intermediadoras entre vendedores e compradores de ativos digitais) e balcão de criptomoedas, enviar dólares para o exterior com frequência e fazer gestão do risco.

Infraestrutura institucional para ativos digitais: Oferta de toda a infraestrutura para o mercado de ativos digitais, o que inclui: processo de tokenização, com a geração dos smart contracts; custódia; plataforma de negociação; facilitação de liquidação; e gestão de risco.

Digital Check – Proof of reserves: Plataforma para garantir lastro de operações com ativos digitais realizados por mesas, fundos e exchanges.

“Anunciamos também o lançamento de uma nova plataforma para emissão, registro e  negociação de ativos tokenizados. A iniciativa atende uma demanda crescente do mercado,  que busca exposição segura para produtos digitais.”

Vale lembrar que a custódia de Bitcoin e outras criptomoedas por bolsas de valores tradicionais é um movimento pioneiro e ainda não amplamente adotado por bolsas ao redor do mundo.

No entanto, conforme o mercado de criptomoedas se expande, várias bolsas de valores começaram a adotar estratégias para incorporar Bitcoin e outras criptomoedas em suas operações.

Essa tendência destaca um movimento de instituições financeiras tradicionais explorando o potencial dos ativos digitais, alinhando-se com a crescente demanda por serviços de custódia regulamentados.

Um dos exemplos mais notáveis é a Bakkt, lançada pela Intercontinental Exchange (ICE), operadora da New York Stock Exchange (NYSE), que serve como plataforma de negociação de Bitcoin e oferece serviços de custódia.

Da mesma forma, a Fidelity Investments, através da sua subsidiária Fidelity Digital Assets, tem estado na vanguarda ao fornecer serviços de custódia para criptomoedas. Como uma das maiores gestoras de ativos do mundo, a entrada da Fidelity no mercado foi um forte indicativo do interesse institucional no setor.

Na Europa, a Deutsche Börse expandiu seus serviços para incluir a custódia de ativos digitais, colaborando com empresas especializadas em custódia de criptomoedas.

Já a SIX Swiss Exchange, principal bolsa de valores da Suíça, também tem sido uma pioneira no setor, lançando serviços relacionados a criptoativos e desenvolvendo a SIX Digital Exchange (SDX), uma plataforma dedicada à negociação e custódia de ativos digitais.

As iniciativas das bolsas de valores globais refletem uma mudança fundamental no panorama financeiro, onde a integração das criptomoedas se torna cada vez mais central.

Tal abordagem parece pavimentar o caminho previsto por muitos pioneiros do Bitcoin, que previam que no futuro a moeda digital seria integrada ao sistema tradicional.

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Vinicius Golveia
Vinicius Golveia
Formado em sistema da informação pela PUC-RJ e Pós-graduado em Jornalismo Digital. Conhece o Bitcoin desde 2014, atuando como desenvolvedor de blockchain em diversas empresas. Atualmente escreve para o Livecoins sobre assuntos de criptomoedas. Gosta de cultura POP / Geek. Se não estiver escrevendo notícias relevantes, provavelmente está assistindo alguma série.

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